Três pessoas acusadas de prostituição infantil tiveram mandados de prisão cumpridos pela Polícia Judiciária Civil, na quarta-feira (24), após terem o esquema descoberto em investigações da Delegacia de Campo Novo do Parecis (396 km a Noroeste). O esquema, envolvendo a mãe de uma menor de 14 anos e dois idosos de alto poder aquisitivo acontecia há mais de dois anos.
A mãe da vítima, de 36 anos, teve a ordem de prisão decretada pelo crime submeter criança ou adolescente a prostituição com objetivo de lucro, agravado pela relação de parentesco. O dono de um cartório e empresário de São José do Rio Claro (315 a Nordeste), de 84 anos, e um fazendeiro de Campo Novo do Parecis, de 74 anos, responderão por estupro de vulnerável.
As investigações da Delegacia de Campo Novo do Parecis iniciaram, quando a vítima, de 14 anos, procurou o Conselho Tutelar, com objetivo de denunciar a própria mãe, no começo do mês de agosto (2016). Segundo a adolescente, a mãe passou a ameaçá-la quando ela disse que não queria mais participar do esquema, no qual ela era obrigada a manter relações com os idosos.
De acordo o delegado, Adil Pinheiro de Paula, a mãe prostituía a adolescente com os dois homens, em troca de dinheiro, há mais de 2 anos. Durante as investigações, foi constatado que os encontros com o empresário de São José do Rio Claro aconteciam em um hotel em Cuiabá, onde a mãe, o suspeito e a vítima se passavam por marido, mulher e enteada.
Entre os presentes recebidos em troca dos encontros, o empresário pagou pela festa de aniversário de menor e deu uma motocicleta para a mãe da menina. Os encontros com o fazendeiro de Campo Novo dos Parecis aconteciam semanalmente em um motel da cidade e também eram realizados em troca de dinheiro.
“Além de receber dinheiro a cada encontro, a mãe e filha eram sustentadas com um alto padrão de vida, ganhando quantias mensais, e outros benefícios, como compras em shoppings e cartões de crédito dos suspeitos”, disse o delegado.