Com quase um ano de atraso, o metrô londrino inaugura nesta sexta-feira (19) seu serviço noturno. A expectativa é que a medida, que foi uma promessa do ex-prefeito Boris Johnson, tenha importantes repercussões econômicas.
Até agora, o metrô mais antigo do mundo, que começou a funcionar em 1863, parava de rodar por volta da meia noite durante a semana e uma hora mais tarde nos fins de semana. A partir de agora, algumas linhas funcionarão 24 horas por dia na sexta-feira e no sábado, com um trem a cada dez minutos.
O "Night Tube" inclui primeiro duas linhas, a Central e a Victoria, que atravessam a capital britânica de leste a oeste e de norte a sul. O serviço será ampliado progressivamente no próximo outono às linhas Jubilee, Northern e Piccadilly.
A mudança, prevista inicialmente para 12 de setembro de 2015, por ocasião da Copa do Mundo de Rugby, foi adiada devido à oposição dos funcionários do serviço de transporte público londrino por seu potencial impacto nas condições de trabalho e por dúvidas sobre sua segurança.
Neste sentido, a polícia britânica anunciou a mobilização de 100 agentes adicionais nas 144 estações de metrô que permanecerão abertas a noite toda.
O novo prefeito trabalhista de Londres, Sadiq Khan, de 45 anos, insistiu que o serviço da madrugada não beneficiará apenas os festeiros – e os "amantes das boates de meia-idade, como eu" – mas também os que trabalham à noite, como as "enfermeiras e os seguranças", assim como os turistas.
O serviço público de transporte londrino, TFL, destaca os benefícios econômicos para pubs, boates e casas de shows, e a eventual criação de quase 2.000 empregos.
A London First, uma organização que promove o dinamismo econômico de Londres, calcula que o serviço pode gerar até 77 milhões de libras (90 milhões de euros) de atividade para a cidade em 2029.
O metrô londrino transporta mais de um bilhão de passageiros por ano. A TFL estima em 180.000 o número de trajetos adicionais que serão realizados toda noite entre 00h30 e 06h00 da manhã, quando o "Night Tube" funcionar plenamente.
Fonte: G1