Opinião

VOCÊ TEM ESCOLHIDO BEM AS SUAS MÁSCARAS?

Um dos grandes benefícios da maturidade é tomar consciência do próprio funcionamento e ficar bem com isso. Quando eu era adolescente um amiga sempre me dizia que eu tinha que aprender a disfarçar quando não gostava de alguém ou quando não estava bem.

Eu respondia: mas eu sou transparente, as pessoas veem na minha “cara” quando não estou bem. Transparência é “fubazisse”, amadorismo, coisa de gente imatura. Problemas todos temos e vamos ter sempre, a questão é como eu lido com eles. Bati o carro, falo da batida por semanas, em todos os lugares que vou. Como digo sempre, “abraço” a carniça e espalho por onde vou.

Sabe quem quer ficar perto de você? Os outros “carniceiros” aqueles que adoram uma tragédia, que têm necessidade de falar de coisas ruins. Não se iluda, como diz a teoria quântica, semelhantes atraem semelhantes. O que fazer então? Escolher bem qual máscara usar e a hora de deixá-la também, como diz Dulce Magalhães “…Vivemos todos mergulhados no drama da vida. Somos atores interpretando os papéis que nos foram concedidos de filhos, pais, irmãos, vizinhos, profissionais e por aí vai. Às vezes desfrutamos da face mais alegre da comédia e outras da carranca triste da tragédia, porém ambas são necessárias para modelar a vida e nos permitir atuar de forma mais e mais consciente.

Quanto mais exercitamos o processo de viver de forma plena, que exige simples atenção a cada momento, mais podemos eleger que máscara vamos usar e como vamos atuar a cada instante. O que tem mais sentido não é o que a convenção da sociedade exige de nós, no exercício da vida o sentido é fruto daquilo que descobrimos sobre nós mesmos ao atuarmos em diferentes momentos, com diferentes interpretações e percebermos quais respostas têm maior valor para nossa jornada… podemos seguir indefinidamente, vivenciando o drama do instante, sempre vivendo atrás de uma das máscaras que nos modelam e nos revelam.

Ou, finalmente, podemos nos dar conta de que é apenas um espetáculo e encerrar o drama, sair para festejar a boa interpretação – a melhor que poderíamos ter feito – e aceitar as possíveis críticas à personagem, que não somos nós, mas apenas o papel que representamos” 

Qual a peça que você tem representado? Mais para comédia ou tragédia? Escolha suas máscaras com sabedoria. Namastê 

Iracema Borges

About Author

Iracema Irigaray N. Borges, mãe de três anjos, ama comer tudo com banana, coach pelo ICI-SP, senha em dar cursos na África, Índia, EUA, onde o destino a levar e semanalmente escreve a coluna Coaching no Circuito Mato Grosso.

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