Após a greve dos profissionais da Educação, que durou mais de 60 dias, 440 mil alunos devem retornar às aulas nesta segunda-feira (08) em Mato Grosso. Agora a principal missão de diretores e professores é preparar o calendário de reposição, mas já é certo que o ano letivo de 2016 só terminará em 2017.
Em Cuiabá, as salas de aula da Escola Estadual André Avelino, no CPA I, estão lotadas. O diretor da unidade, Munir Kassen Fares informou ao Circuito Mato Grosso agora pela manhã que todos os professores compareceram e que inclusive já tem em mãos o calendário de reposição feito na semana passa junto à equipe gestora.
A proposta, segundo Munir, é de que as reposições ocorram aos sábado e que não haja mais emenda de feriado. “Dessa forma poderemos concluir o ano letivo de 2016 no dia 03 de janeiro. Agora vamos submeter a proposta à análise dos professores”, observou o diretor da André Avelino, que ter cerca de 1.700 alunos matriculados.
Já na Escola Estadual Presidente Médici, na Avenida Mato Grosso, a diretora Patrícia Carvalho calcula que pelo menos 30% dos alunos não retornaram às aulas nesta segunda. “Está tudo tranquilo, mas nem todos compareceram na manhã de hoje”, afirmou a diretora. Patrícia informou que ainda será elaborado o calendário de reposição, mas já tem certeza de que o ano letivo de 2016 só será encerrado em 2017.
Os professores da rede estadual decidiram encerrar a greve durante assembleia geral realizada na tarde da última sexta-feira (5), mas mantiveram o estado de greve. Ficou acordado entre o Sindicato dos Profissionais de Educação (Sintep/MT) e a Secretaria de Estado Educação (Seduc) o cumprimento do reajuste integral do piso de maio de 2016, de R$ 2.331,74, até dezembro de 2017, sem prejuízos para a "Lei da Dobra do Poder de Compras".
Sobre a Revisão Geral Anual (RGA), o governo garantiu que o repasse seguirá a mesma proposta feita para as demais categorias. De forma que está garantido 7,5% de reajuste, parcelados em três vezes. O pagamento pode chegar a 11,28% se a arrecadação do Estado aumentar e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) permitir.
