Mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika, em laboratório de São Paulo (Foto: AP Photo/Andre Penner, File)
Dois bebês nasceram com microcefalia na Califórnia após suas mães terem contraído o vírus zika durante a gravidez, disseram as autoridades nesta quinta-feira (4).
São os primeiros casos de microcefalia associada ao vírus da zika no estado.
O Departamento de Saúde Pública da Califórnia (CDPH) não revelou de onde as mães eram, mas disse que elas foram infectadas este ano em um país onde o vírus zika é endêmico.
"Embora mosquitos que podem transportar o vírus tenham sido encontrados em 12 condados da Califórnia, não há nenhuma evidência de que esses mosquitos estão transmitindo zika no estado neste momento", disse o CDPH.
O estado registrou 114 casos de infecções pelo zika, todos em pessoas que tinham viajado para regiões afetadas pelo vírus, em 22 condados da Califórnia desde 29 de julho.
Na segunda-feira, as autoridades da Flórida informaram que foram registrados 14 casos de zika em Miami, os primeiros transmitidos localmente por mosquitos nos Estados Unidos continental.
"Este é um lembrete para os californianos de que o zika pode causar sérios danos a um feto em desenvolvimento", disse a diretora do CDPH, Karen Smith, pedindo às mulheres grávidas que evitem áreas com transmissão do zika.
Não existe cura para o vírus, que causa sintomas brandos como erupção cutânea, dor articular ou infecção ocular. Em 80% dos casos, a infecção passa despercebida.
No entanto, o zika é particularmente perigoso para as mulheres grávidas, visto que pode causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a microcefalia, uma condição na qual o bebê nasce com o crânio e o cérebro menores que a média.
Os cientistas estão lutando para encontrar uma maneira de conter o vírus, que está se espalhando em 50 países e territórios, principalmente na América Latina, no Caribe e no estado americano da Flórida.
Fonte: G1