O estado australiano de Nova Gales do Sul anunciou nesta quinta-feira a proibição das corridas de galgos, após uma investigação que revelou o uso de iscas vivas e o sacrifício de milhares de cães considerados muito lentos – AFP/Arquivos
O estado australiano de Nova Gales do Sul anunciou nesta quinta-feira a proibição das corridas de galgos, após uma investigação que revelou o uso de iscas vivas e o sacrifício de milhares de cães considerados muito lentos.
“As corridas de galgos foram proibidas em muitos países e em muitos estados dos Estados Unidos e são legais em apenas oito países do mundo”, escreveu no Facebook o primeiro-ministro do Estado, Mike Baird, que anunciou que a proibição se tornará efetiva em 1º de julho de 2017.
“Entendo a decepção das pessoas que gostam de apostar com cachorros. Mas não podemos admitir os maus-tratos generalizados e sistematizados dos animais”, acrescentou.
A indústria australiana das corridas de galgos é uma das mais ativas do mundo. Na Austrália são muito populares e costumam ser realizados nos canódromos, um circuito no qual os galgos correm atrás de uma lebre mecânica.
Mas no ano passado a televisão pública ABC revelou que nos treinamentos eram utilizados porcos pequenos, coelhos e gambás, que depois eram devorados pelos cães.
As iscas vivas estão proibidas e a reportagem da televisão levou as autoridades de Nova Gales do Sul a abrir uma investigação que também revelou que os cachorros considerados muito lentos eram sacrificados.
Segundo a investigação, ao menos 68.000 cachorros foram sacrificados nos últimos 12 anos e acredita-se que entre 10% e 20% dos treinadores usam iscas vivas.
Fonte: AFP