O delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (Deddica), foi notificado oficialmente, nesta quarta-feira (6), sobre o sigilo nas investigações do inquérito que investiga a denúncia contra o advogado U.R.C de ter abusado sexualmente da filha, de 14 anos.
O processo passa a correr em sigilo por ordem da Justiça e a partir de agora nenhuma informação sobre o caso pode ser dada pelo delegado.
U.R.C prestaria depoimento esta semana, segundo informações dadas na semana passada pelo delegado Eduardo Botelho, porém com o sigilo do processo, não se tem informações se ele já prestou ou prestará depoimento.
Botelho disse ter ouvido 10 pessoas e que teria provas contundentes contra o advogado e uma investigação para saber se haveria outras vítimas poderia acontecer.
As últimas informações sobre o caso dão conta de que o advogado teria sido levado para uma audiência na 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude, onde foi debatida a guarda da filha. Porém, o processo também corre em segredo de Justiça.
Entenda o caso
Segundo apurou o Circuito Mato Grosso, o advogado foi conduzido à Deddica no dia 29 de junho, acusado de estuprar desde os 9, a filha de 14 anos. Segundo as informações da delegacia, a filha contou à mãe que gostaria de ser lésbica, por que não gostava de homens.
A mãe questionou o motivo de a filha ter tomando esta decisão e a vítima teria contado sobre os abusos sofridos pelo pai. Como prova, a mãe entregou uma agenda em que a filha relatava, sem datas, às vezes em que o pai teria apalpado as partes íntimas da adolescente.
Segundo o delegado, não teria ocorrido conjunção carnal. “Pelo que consta, os abusos aconteciam principalmente na casa do suspeito, ela relata que o último abuso aconteceu ainda este ano”, explicou Botelho.
A prisão de U.R.C foi pedida para que o suspeito não tivesse acesso às pessoas que seriam ouvidas e assim não poderia atrapalhar as investigações. A vítima chegou a revelar que era ameaça pelo pai caso contasse o que vinha acontecendo.