Subiu para 231 o número de casos de microcefalia em Mato Grosso, dois a maisdo que foi apresentado na semana passada pelo Protocolo da Vigilância do Ministério da Saúde. Do total, 119 estão descartados por reavaliação da medida do crânio das crianças suspeitas com a doença. Os casos notificados de microcefalia estão distribuídos em 38 municípios.
A orientação da Secretaria de Saúde (SES) é para que os municípios investiguem os casos para confirmação, de acordo com o Protocolo de Vigilância, e intensifiquem o acompanhamento dos casos pela atenção à saúde.
A Vigilância Epidemiológica da secretaria utiliza definições vigentes no protocolo do Ministério da Saúde para diagnóstico dos casos. O ministério realiza análise clínica radiológica e/ou laboratorial para definir se um caso suspeito é ou não o da microcefalia.
De acordo com o protocolo, a investigação da causa da microcefalia é realizada somente nos casos notificados que apresentem características clínicas e/ou laboratoriais sugestivas de infecção congênita, para a identificação da infecção pelo vírus zika, entre outros agentes infecciosos.
O documento traz também orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação; caso suspeito durante o parto ou após o nascimento; critérios para exclusão de casos suspeitos.; sistema de notificação e investigação laboratorial. Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados.
O Ministério da Saúde mudou o critério para considerar bebês com microcefalia, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida do perímetro cefálico em recém-nascidos passou de 32 cm para 31,9 cm em meninos e 31,5 cm em meninas. Em dezembro, o parâmetro para diagnóstico da doença já havia diminuído, passando de 33 cm para 32 cm. As alterações têm como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.