Cidades

Mato Grosso tem 22 escolas ocupadas

Foto: Raul Bradock

A ação de ocupação das escolas começou no dia (22.05) na Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, em Várzea Grande, e agora, 17 dias depois, já são 22 escolas estaduais ocupadas pelos estudantes, sendo 10 na capital; oito na vizinha Várzea Grande; três em Barra do Garças e uma no município de Primavera do Leste.

Os estudantes acompanham o movimento, de nível nacional, chamado "Primavera Estudantil" que é organizado pela Associação Mato-Grossense dos Estudantes (AME)  em conjunto com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

Em mato Grosso, os alunos cobram o fim de editais que permitem parceria privadas na educação, as chamadas PPPs; aumento na verba repassada para a merenda; melhorias na estrutura das unidades de ensino e, ainda, a instalação de uma CPI para investigar o suposto superfaturamento na contratação de obras de infraestrutura pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), de R$ 56 milhões, e na compra de merenda escolar, de pelo menos R$ 11 milhões.

Atividades

A coordenação do Movimento Primavera Estudantil divulgou uma nota de repúdio a respeito de boatos em redes sociais de que os estudantes estariam usando as escolas para uso de drogas, bebidas alcoólicas, relações sexuais entre os jovens, sendo denominados baderneiros.

De acordo com a nota, “as ocupações são orientadas por um regimento interno que, além de regulamentar o processo, organiza suas atividades diárias e atitudes dos membros participantes, entre as quais está a proibição do uso de qualquer substância química ilícita”.

A reportagem do Jornal Circuito Mato Grosso esteve dentro da primeira escola ocupada, a Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, em Várzea Grande, um dia após a ação inicial e constatou que as atividades culturais e rodas de debates entre os alunos eram- naquele momento- de fato realizadas.

Na nota de repúdio, os alunos explicam ainda que “o movimento é pedagogicamente organizado pelos próprios estudantes, com atividades culturais, oficinas, rodas de debates com a colaboração de artistas, professores e especialistas das universidades, entidades, movimentos sociais, sindicais e religiosos”.

A nota afirma que “as escolas da rede estadual permanecerão ocupadas, até que o governo retire a proposta de PPP – Parceria Público Privada – e instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc)”.

O texto também pontua o apoio dos estudantes à greve dos profissionais da educação, por entender que essa é uma luta que unifica Estudantes, Professores e Funcionários de Escolas.

As Ocupações

Estão atualmente ocupadas em Cuiabá as escolas: Rafael Rueda; Caic do bairro Pedra 90; João Panaroto; Estevão Alves; Juarez Rodrigues; Pascoal Ramos; Raimundo Pinheiro; Diva Hugueney; José de Mesquita; Zélia Costa; e Padre Ernesto.

Na cidade vizinha, Várzea Grande, os alunos estão nas escolas: Ubaldo Monteiro; Marlene Marques de Barros; Porfíria Paula de Campos; Elmaz Gattas Monteiro; Fernando Leite; Jayme Campos; Milton Figueiredo; e Elizabeth Bastos.

Em Barra do Garças há três escolas ocupadas: Irmã Diva, Gaspar Dutra e Cristino Cortes. E no município de Primavera do Leste a escola Alda Gawlinsk Scopel.

Raul Bradock

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