Na manhã desta terça-feira (07), a Prefeitura de Várzea Grande considerou abusiva a greve dos servidores da rede municipal de ensino. Por meio de nota, declarou que o movimento é ilegal alegando que os salários do mês de maio já foram pagos e corrigidos conforme determina a lei.
“A paralisação tem cunho meramente eleitoral por causa das disputas que se avizinham e que tem como pré-candidatos, dirigentes sindicais”, acusa a nota.
Os profissionais da educação alegam que a prefeitura não cumpriu parte dos termos assinados na Justiça de Mato Grosso e nem uma lei municipal de 2016 que determina o pagamento de 13,66% de recomposição salarial a categoria.
A prefeitura rebateu as acusações. “No final do ano passado foi concedido para todos os servidores da educação, 13,66% e agora no mês de maio último mais 11,36% para os 1.443 professores, num período de menos de um ano”, diz trecho da nota.
Com aproximadamente 84 escolas públicas e 3,8 mil profissionais, os funcionários da Educação não concordam com a proposta de aplicar o reajuste de 11,36% no piso salarial dos professores, deixando de fora os outros trabalhadores.
Em entrevista ao Jornal Circuito Mato Grosso, o Secretario de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos, disse não acreditar que a greve também esteja relacionada com a falta de reajuste do salário dos outros trabalhadores. “Eles não têm o direito legal de fazer greve, pois o reajuste deles está correto. Os professores não tem noção de solidariedade aos funcionários”, opinou.
Segundo trecho da nota, a prefeitura diz estudar ingressar, se necessário, na Justiça para declarar a greve ilegal. “A prefeitura esta avaliando se vai à justiça ou não, por que eles receberam o salario de maio corrigido pelo combinado assinado na Justiça que era os 11,36%”, disse Lemos.
Outra reivindicação dos servidores é a revogação da portaria nº 32 de 2016, que diminui o quadro de trabalhadores nas escolas. Foi reivindicada pela categoria a revisão do plano de carreira.