O município de Cáceres (215 km a Oeste de Cuiabá) registrou 44 casos de Leishmaniose em 2015, todos na zona rural. Os dados são da coordenadora do ambulatório do Hospital O Bom Samaritano, Rose Margarete Costa.
“O diagnóstico da doença é realizado no próprio ambulatório, porém, no momento, não há um bioquímico disponível para a realização dos exames, que demoram em média de 3 a 4 dias para confirmar ou descartar a doença”, observa a coordenadora, informando que o ambulatório fornece a medicação para o tratamento da doença, mas quem realiza as aplicações são os profissionais da saúde do PAM.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), oito mortes causadas por leishmaniose foram registradas no estado entre os meses de janeiro de 2014 e outubro de 2015.
Com Correio Cacerense
Conforme os dados, foram registrados 4.309 casos de leishmaniose do tipo tegumentar entre o início de 2014 e final de 2015. Em 2014, foram 2.760 casos (com quatro mortes confirmadas) e 1.549 em 2015.
Em relação à leishmaniose do tipo visceral, considerada a mais grave, a SES-MT registrou 31 casos entre 2014 e 2015. Foram 16 casos (com três mortes) no ano passado e, entre janeiro e outubro deste ano, 15 registros (com uma morte). A leishmaniose visceral, se não tratada, pode matar em mais de 90% dos casos.
Os principais sintomas são febre de longa duração, perda de peso e anemia. A doença é transmitida a cães e humanos pelo chamado 'mosquito-palha', que se reproduz em locais úmidos e com lixo.
A melhor forma de prevenir a presença do mosquito é a limpeza de terrenos e higiene dos animais.
Já no caso da Leishmaniose tegumentar que é considerada menos grave, os sintomas são úlceras na pele e mucosas. As lesões mucosas ocorrem com mais frequência no nariz, boca e garganta.