Os nutrientes ao chegarem ao intestino estimulam a liberação do hormônio GLP-1 ( glucagon like peptídeo 1) que exerce as suas funções (aumenta a saciedade e envia informações ao cérebro diminuindo a produção de Grelina e NPY (neuropeptidio Y) e, com isso, reduz o apetite). Uma pessoa dita “boca nervosa”, ao contrário, sente muita fome porque possui pouca produção de GLP-1.
Porém uma alimentação saudável, rica em comida viva , ou seja, alimentos que não passam por nenhum processo industrial aumenta a produção de GLP-1.
Os prebióticos ( banana verde – chicória, cebola, alho, alcachofra, aspargo, cevada, centeio, grãos de soja, grão-de-bico e tremoço por exemplo ) e probióticos( lactobacillus- missô- kefir), além de melhorarem o funcionamento intestinal, também aumentam o tempo de digestão e expressão do GLP-1.
O Resveratrol , encontrado em abundância principalmente na uva e no vinho tinto, melhora a sensibilidade à insulina através do aumento do GLP-1.
Quando consumimos alimentos como os doces, açúcares, ou outros produtos mais refinados (chamados de carboidratos simples-pão-arroz-bolacha-bolos), a absorção deles acontece já na primeira porção do intestino (intestino proximal), deixando o intestino distal (situado na porção final) vazio o que sinaliza para nosso organismo que houve ingestão de pouco alimento, o que na verdade pode não ter ocorrido. Assim, a sensação de fome não passa, e mesmo se tivermos comido pouco, este pouco pode ter alta quantidade de calorias. Então, dependendo do que comemos, podemos reduzir a liberação de GLP-1 e, consequentemente, reduzir a sensação de saciedade ou aumento da fome.
Alguns alimentos podem influenciar a liberação do GLP-1,como exemplificado acima, sem ser necessário o uso de medicamentos. Realizar uma refeição com calma, mastigando bem( 20 a 30 vezes cada bocado), também faz nosso cérebro sinalizar a sensação de “estômago cheio”.