Cidades

Adolescente barrada nos EUA é recebida com festa no Tocantins

Anna Beatriz chega ao Tocantins com a mãe (Foto: Vilma Nascimento/G1)

Os dias de angústia terminaram para Anna Beatriz Theophilo Dutra. A jovem de 17 anos, que ficou 15 dias retida nos Estados Unidos, chegou ao Tocantins, nesta terça-feira (3), pouco antes da meia-noite. Junto com a mãe, Leide Theophilo, ela foi recebida com muitos abraços e beijos por parentes e amigos no aeroporto de Palmas – Brigadeiro Lysias Rodrigues. Veja no vídeo o momento da chegada dela ao aeroporto.

A adolescente foi barrada pela imigração ao chegar no aeroporto em Detroit (Michigan) no dia 17 de abril. Com poucas possibilidades de entrar em contato com a família, ela ficou em um abrigo de menores em Chicago, após ter sido acusada de ter ido ao país para estudar com o visto de turista.
Ao sair da sala de embarque, a jovem correu para abraços calorosos com o padrasto, Adriano Parrião, e o pai, Eduardo Cesar Dutra. A adolescente ficou emocionada com a manifestação de carinho de amigos e parentes que estouravam balões e levntavam cartazes com apelidos carinhosos.

Sobre a confusão com a imigração, Anna Beatriz afirma que ela não tinha um plano de viagem e por isso, eles suspeitaram da história dela. “Eles [os EUA] têm um sistema de proteção a menores muito forte e têm muito medo de tráfico de pessoas, ou menores que estão fugindo. Como eu estava muito eufórica e não tinha um plano de viagem eles me disseram não”.

Leide embarcou para os EUA na última sexta-feira (29) para agilizar o retorno da filha ao Brasil. Na publicação em uma rede social, ela disse que o processo poderia durar até três meses, mas conseguiu retornar com a filha em menos de uma semana.

“Eu tive que assinar um documento garantindo que voltaria com ela para o Brasil, em um voo sem escalas. Mas antes pedi para advogada do consulado, que estava nos auxiliando, acrescentar um termo que garantisse que aquele documento não traria nenhum problema futuro para minha filha. E que ela não perderia o visto. Eles aceitaram e deu tudo certo”, contou a mãe.

Anna disse que a experiência no abrigo não foi ruim e que, apesar de assustada, ela foi muito bem tratada. A jovem afirma que o susto não vai fazer com que ela desista de viajar, mas que nos próximos meses a prioridade é ficar perto da mãe e da família.

“Não acho que isso é o caso de ninguém parar de viajar e essa não vai ser minha última viagem. Há uma tristeza, mas nada que me afete psicologicamente. Vou ficar um tempo com a minha família e da próxima vez eu quero fazer diferente, como ir acompanhada”, comentou.

A mãe voltou para o Tocantins com o sentimento de dever cumprido e afirma que a repercussão do caso ajudou a acelerar o processo de liberação de Anna. O plano de Leide, agora, é curtir a companhia da filha. "Com toda a movimentação, a imigração percebeu que tudo foi um engano e que ela não merecia estar em um abrigo. Os próximos planos são abraçar muito, beijar muito, curtir muito, passar o Dia das Mães juntas e só depois pensar em novos voos".

Entenda
O drama da adolescente brasileira começou no dia 17 deste mês ao chegar ao aeroporto de Detroit. Ela foi barrada pela imigração e levada para um abrigo para menores, em Chicago.

Segundo a família, Anna Beatriz foi acusada nos EUA de ser imigrante ilegal. No entanto, a mãeda garota afirma que a filha saiu do Tocantins com autorização para viajar sozinha, tinha visto de turista e os documentos estavam regulares.

A adolescente é emancipada desde 2015 e é acostumada a viajar sozinha. Em janeiro, a garota foi para Argentina onde fez intercâmbio cultural e estudou espanhol, em uma escola, até o mês de março.

A próxima viagem estava programada para o Canadá, em julho deste ano. Mas a menina resolveu ir para os Estados Unidos este mês, após o convite de uma amiga. As viagens foram um presente dos pais, antes de a adolescente ingressar na universidade.

Fonte: G1

Redação

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