Política

Grupo faz ato na Zona Oeste do Rio a favor de Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro acompanha ato em frente à sua residência no Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Um grupo de aproximadamente 200 pessoas, segundo os organizadores, fez na manhã deste domingo (1º) um protesto a favor do deputado federal (PSC-RJ) Jair Bolsonaro em frente à sua residência na Avenida Sernambetiva, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Com faixas, cartazes, um boneco inflável do ex-presidente Lula e um rock que diz no refrão "Bolsonaro guerreiro, orgulho brasileiro" os manifestantes prestaram apoio ao deputado. Segundo um dos integrantes do movimento, Yan Barbosa, o grupo foi prestar solidariedade contra o ato da semana passada, quando opositores sujaram a porta do condomínio do parlamentar.

O deputado fez dezenas de selfies, exibiu cartazes, se enrolou numa bandeira de Israel e discursou dizendo estar emocionado.

"Pior que a sujeira que fizeram aqui na semana passada foi o cheiro de mortadela que ficou. Tentaram me constranger. Ustra não é nada perto da canalhada que está no poder e o que estão fazendo com o meu querido Brasil", disse o deputado pra quem o pré-sal só foi possível graças ao governo militar de Médici.

Bolsonaro falou à plateia que depois tirar Dilma Rousseff da presidência vai lutar para tirar Michel Temer também e que pretende se candidatar em 2018. "A direita tem cara, tem voz, tem propostas e vai chegar lá. Somos a maioria silenciosa, respeitamos a família, a criança na escola. Na questão racial serei daltônico porque todos somos iguais. Meu coração é verde e amarelo. Não tenho a obsessão de chegar à presidência. Tenho uma missão de chegar à presidência. E missão se cumpre", disse Bolsonaro, sempre efusivamente aplaudido sob os gritos de "não vai ter cuspe".

Bolsonaro que subiu no carro de som do "Movimento Direita Já" ao lado do filho Flávio, pré-candidato à prefeitura do Rio, disse que é favorável à propriedade privada, que vai revogar a lei do desarmamento para que todo brasileiro tenha o direito de ter uma arma em casa e que os proprietários possam ter um fuzil em sua fazenda. "Cartão de visitas para marginais do MST que invadem propriedade privada tem de ser cartucho de 762".

Protesto contra o deputado
Como mostrou o G1, no dia 24 de abril, exatamente uma semana depois de o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) homenagear o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra em seu voto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ativistas fizeram uma manifestação contra o parlamentar.
Os manifestantes seguiram pela orla da Barra da Tijuca, chamando o deputado de "Bolsomonstro". Um deles estava fantasiado de Adolf Hitler, associando Bolsonaro ao ditador nazista alemão.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) anunciou que iria ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a cassação do mandato de Bolsonaro após sua "homenagem".

Coronel Brilhante Ustra
Chefe do DOI-Codi do II Exército em São Paulo, órgão de repressão política durante a ditadura militar, Brilhante Ustra morreu em outubro de 2015. Durante o período em que Ustra chefiou o DOI-Codi, de 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974, foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados, de acordo com relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade.

Ustra foi o primeiro militar brasileiro a responder por um processo de tortura durante a ditadura (1964-1985). Na ação, os ex-presos políticos César Augusto Teles, Maria Amélia de Almeida Teles, Janaína de Almeida Teles, Edson Luis de Almeida Teles e Criméia Alice Schmidt de Almeida acusavam o coronel de exercitar violência e crueldade contra prisioneiros ao longo da década de 70.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões