Parque Olímpico do Rio já tem 89% das obras executadas (Foto: Ricardo Cassiano/ Prefeitura do Rio)
As obras realizadas para a construção de instalações olímpicas, entre janeiro de 2013 e março de 2016, causaram a morte de 11 operários. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (25) pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro.
O número foi divulgado por Elaine Castilho, auditora responsável pela fiscalização das obras olímpicas, durante apresentação do dia Mundial para Segurança e Saúde no Trabalho no Centro do Rio.
Entre 2013 e 2016, foram realizadas 260 ações fiscais, com 1675 autos de infração lavrados. Houve 38 interdições e embargos em obras.
"É um time de futebol de mortos. Isso tudo causado por falta de planejamento, sem dúvida. É a correria na hora de finalizar", lamentou Elaine Castilho, auditora fiscal e coordenadora do trabalho de fiscalização nas obras de legado olímpico.
Foram onze mortes: uma por desmoronamento no consórcio das obras da subida da Serra. O maior número de mortes foi nas obras do metrô da Zona Sul, na linha 4: uma morte por aprisionamento do crânio por caminhão, uma queda de escada com atropelamento nas linhas de metrô, além de um operário chicoteado por mangueira de ar comprimido.
No museu da Imagem e do Som, uma queda de andaime. No Museu do Amanhã, houve uma morte após um choque elétrico com queda.
Nas obras de ampliação do Elevado do Joá, um capotamento de veículo causou outra morte;
Nas obras do entorno do Parque Olímpico, um morte por soterramento e outra por choque elétrico. Choque elétrico na supervia e esmagamento nas obras da Transolimpica.
Segundo Elaine, houve ainda dois casos gravíssimos de acidente no Rio. No parque Olímpico, houve um operário internado depois de um choque elétrico. Na Transbrasil, houve a amputação da perna de outro funcionário.
Fonte: G1