A china confirmou nesta sexta-feira que planeja enviar um veículo explorador a Marte por volta de 2020, em uma nova passagem de seu ambicioso programa espacial, que inclui também colocar em serviço uma estação orbital própria.
A missão ao planeta vermelho "deve orbitar em torno de Marte, aterrissar em sua superfície e desdobrar um veículo robô", anunciou em entrevista coletiva o diretor da Administração Nacional do Espaço e vice-ministro de Indústria, Xu Dazhe.
A China já enviou uma sonda à superfície lunar, assim como outras naves que orbitaram em torno do satélite, mas Xu insistiu na complicada missão a Marte, já que representa se atirar "à exploração do espaço profundo".
O objetivo é que a nave não tripulada aterrisse em Marte, após vários meses de viagem, em 2021, coincidindo com o centenário da fundação do Partido Comunista da China, segundo avançou no mês passado um responsável do projeto.
A China tentou em novembro 2011 o lançamento de uma sonda a Marte, a "Yinghuo 1", em parceria com a Rússia, mas a missão, lançada desde a base cazaque de Baikonur, não conseguiu sair da órbita terrestre e acabou se desintegrando e suas partes caíram no oceano Pacífico dois meses depois.
O ambicioso programa espacial chinês vai ganhar velocidade na segunda metade deste ano, com seu segundo laboratório espacial, denominado Tiangong-2, que o país assegura que será muito melhor do que o Tiangong-1 lançado em 2011.
Além disso, a agência espacial chinesa prevê lançar nos últimos meses deste ano uma nova missão tripulada, que marcará o retorno dos astronautas deste país à órbita terrestre após as cinco realizadas entre 2003 e 2013.
Esta missão tripulada, a bordo de uma nave Shenzhou-11, se acoplará ao laboratório espacial para uma missão de 30 dias.
Finalmente, a China prevê lançar em 2018 o módulo central de sua futura estação espacial, uma instalação que espera ter em serviço em 2022.
As autoridades chinesas lembraram estes objetivos durante esta semana dentro da apresentação do primeiro Dia do Espaço, que será celebrado no domingo em comemoração do 46° aniversário do lançamento do primeiro satélite espacial chinês.
Fonte: Terra