Foto Chico Alves
Acontece nesta sexta-feira (22), em Cuiabá, o primeiro protesto contra o impeachment após a votação da Câmara dos Deputados no último domingo (17). O “Ato pela Defesa da Democracia – 1964 nunca mais!” começa às 18h na Praça Alencastro, no centro de Cuiabá.
A manifestação é organizada pelo Coletivo Feminista do curso de Comunicação Social da UFMT e tem como pauta não só o impeachment, mas a misoginia na política e mídia brasileira. “Em uma conversa após as manifestações abertamente machistas durante a votação do impeachment, principalmente aquela declaração do Bolsonaro homenageando um torturador da ditadura, nós ficamos muito revoltadas. Estamos fazendo esse ato justamente pela revolta que causou ao ver como a figura da mulher é atacada o tempo inteiro e essa figura é representada pela presidenta Dilma. E também por esses pedidos de volta da ditadura e pelos vários riscos que a nossa democracia corre”, explicou Analu Ferreira, uma das integrantes do Coletivo.
As declarações dos deputados federais durante a sessão na Câmara (17) causaram exaltação popular e severas críticas na mídia internacional. Houve dedicatórias à família brasileira, filhos, netos, Deus, ao fim da ideologia de gênero, e as mais polêmicas, ao coronel Ustra, torturador durante a ditadura e aos militares de 1964.
Analu faz questão de frisar que “é um ato apartidário, mas estamos lá para defender a democracia e isso significa defender um governo que foi eleito democraticamente.” O Coletivo espera em média 500 pessoas para o ato de hoje.
