Foto Josiane Dalmagro
Com Josiane Dalmagro e Ulisses Laio
Manifestantes pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) se concentram em frente a Praça Oito de Abril (do Choppão), na noite deste domingo (17). Enquanto representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) preferiram se reunir no diretório da organização por receio de represálias.
“Preferimos não nos manifestar nas ruas, por receio da agitação daqui [Cuiabá]. Já foi atacada a sede do PT, já jogaram uma bomba na CUT. Quando fazemos nossos atos, a gente faz ele festivo, mas com a certeza da luta”, afirmou o secretário de comunicação da CUT-MT, Robinson Cireia.
A votação para levar o processo de afastamento da presidente ao senado começou no início da noite deste domingo 17h (horário local). São 513 deputados federais, e cada deputado tem 30 segundos para manifestar seu voto a favor ou contra o impedimento. Mato Grosso está representado por oito parlamentares.
A expectativa do Movimento Vem Pra Rua, em Cuiabá, é que mais de mil pessoas se aglomerem na praça no decorrer da noite. O líder do movimento pró-impeachment em Cuiabá, Junior Macagnan está otimista com o resultado da votação. “Nos estados que nós temos acompanhamento que já votaram, todos estão batendo com nossos números. Se continuar com essa toada, nós vamos chegar aos 363 votos, então o impeachment vai passar”, comentou Junior.
Para Robinson Cireia, independente da aprovação ou não pela continuidade do processo a ação será a mesma. “Pra nós da CUT, independente no resultado, uma certeza é que nós vamos voltar pra rua. Vamos voltar pra rua se a Dilma for mantida hoje, pra defender as mudanças econômicas e se por acaso passar o impeachment nós vamos continuar defendendo o impeachment. Vamos continuar defendendo no Senado e defendendo a mudança da frente econômica. Nós só temos uma certeza na segunda-feira, a certeza que nós temos que preparar mais e mais lutas em prol do trabalhador e da democracia”, declarou.
Enquanto isso o movimento pró-impeachment de Cuiabá pretende continuar fazendo pressão aos parlamentares para – caso haja aprovação na Câmara – o Senado também decida pelo afastamento da presidenta “Vai pro Senado e nós vamos fazer a mesma operação que fizemos com os deputados. Já temos o voto do senador José Medeiros e senador Blairo Maggi e agora vamos conversar com o senador Wellington Fagundes, para que ele vote a favor do impeachment e entenda que a população como um todo votou para que eles atendam os interesses da população e não interesses políticos. E isso tem que ficar claro pra eles”.