Com Bruna Gomes/Cíntia Borges
O jornal Circuito Mato Grosso acompanha a votação, pontuando os pontos mais importantes e dando os votos dos parlamentares.
No momento cerca de 50 mil pessoas estão acompanhando a sessão.
O deputado federal do PTB de Goiás e relator da Comissão Especial do Impeachment, Jovair Arantes, discursa sobre razões e indícios para o Impeachment, citando as pedaladas fiscais, questionando a responsabilidade da presidenta Dilma Roussef.
“Pedaladas fiscais..e o efeito danoso dessa pratica na economia no país, inflação, aumento de preços, perda do poder de compras. O Brasil está doente e o remédio não é outro, senão a retomada da governabilidade. Devermos pensar no melhor para nosso pais.O voto não é nosso, é de todos os brasileiros. Quem exerce o poder é responsável pelos seus atos.O brasil precisa do seu voto, não lhe falte! Devemos autorizar a instalação do processo contra a senhora Dilma Vanda Rousseff”, disse o relator.
A bancada do PMDB, por meio do líder no partido na Câmara, Leonardo Picciani, votou à favor.
"Nossa bancada vai encaminhar o voto sim, mas sabemos que independente do que houver hoje aqui, amanhã teremos um novo dia. Não é possível que as ambições políticas levem o país onde chegamos, aqui. Temos que fazer a nossa parte e criar o ambiente político propício para que os avanços possam ocorrer".
Deputado Afonso Florence (PT/BA ), líder da bancada petista, vota contra.
“Ficou claro que não há crime de responsabilidade, por isso o Impeachment é golpe, por isso a cada momento, deputados e deputadas estão indecisos. A candidatura do Michel de forma indireta, com apoio do presidente dessa casa, réu da lava-jato, noticiado no mundo todo, como se tivéssemos uma eleição indireta, mas não temos .
Aécio, citado em várias investigações, assim como Alckmin, foram postos para correr na movimentação que eles mesmos organizaram.
Querem dar golpe com cara de Eduardo Cunha, com a cara de Michel temer. São analistas e profissionais da comunicação que dizem que o objetivo dessa chapa é parar as investigações que combatem a corrupção. São intelectuais, artistas e pessoas na rua dizendo que esse golpe não passará. Por isso, esse plenário vai repercutir a posição prioritária do pais nesse momento, assim como pesquisas da Vox Populi e muitas outras são contra o Impeachment.
Milhões de pessoas na rua com uma consciência democrática, que inclusive fazem oposição a Dilma e ao PT, gritam: não vai ter golpe. O voto popular não é impeachment, é golpe. A imparcialidade da comissão, a não comprovação do crime de responsabilidade, a ilegitimidade do discurso fora corrupção, já que os próprios deputados que votarão esse parecer e outros políticos que estão à frente do movimento pró-impeachment tem pendencias judiciais por corrupção. Podem até ser contra Dilma, mas rejeitam Michel Temer na presidência. A chapa Michel-Cunha não passará. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe e fere o fundamento da república e demoraria que é a vontade popular. Vamos retomar a democracia”.
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (PSDB/BA) vota à favor.
“Hoje é o dia decisivo que vamos escolher o Brasil que vamos querer daqui pra frente, que por esse voto seremos julgados para sempre. Cada um pode escolher que porta entrará na história. Pela porta da frente junto com aqueles que votam a favor do impeachment. Ou pela porta dos fundos, com aqueles que votam a favor de uma presidente que enganou o Brasil e cometeu crime de responsabilidade.”
Destacou crise econômica, esquemas de corrupção, desemprego e a falta de recursos para educação e saúde do governo Dilma. Justificou o voto principalmente por conta das manifestações pró-impeachment em todo o Brasil. “Eu votei sim ao impechment para mudar essa situação ou eu votei para que nada mude e você e sua família continue na desesperança. É chegada a hora de decidir que Brasil vocês que estão lá fora merecem, o Brasil do mensalão, do pixuleco, de uma campanha financiada por propina do petróleo, o Brasil governo de uma presidenta que prometeu que faria o diabo na campanha e fez. Não, definitivamente não é esse Brasil que os milhões de brasileiros querem, mas um Brasil que respeita na Constituição, a liberdade de imprensa, de pensamento e de opinião, os brasileiros que estão lá fora querem viver.”
E sobre as acusações das pendencias judiciais de membros da Câmara e políticos pró-impeachment afirmou: “Corrupção não se compara, se pune”.
“Falo em nome de uma combativa bancada de deputados, que muito me orgulha e orgulha o Brasil. Que desde o primeiro momento se posicionou sobre a situação. O PSDB vota a favor do impeachment porque o Brasil não pode ser governado por uma presidenta que maculou o cargo. A Câmara tem o dever de proteger a democracia e não pode ignorar a vontade dos brasileiros que estão lá fora. Vamos votar sim ao impeachment. Sim aos Brasileiros!”
Deputado Aguinaldo Ribeiro, líder do PP na Câmara, vota a favor
"Precisamos fazer uma reflexão profunda sobre o momento, por isso faço um apelo, a todos, que antes do final desse doloroso processo, possamos estar unidos para o fortalecimento do Brasil. Não vivemos um dia na política, mas um dia na história. Temos que ajudar o Brasil a sair dessa encruzilhada. Convicção sim, mesquinhez e pequinês jamais.
Não é porque vamos dizer sim hoje, que vamos dizer não ao ontem. Tenho o dever de procurar ser justo. Posso atestar que durante meu exercício no ministério do governo Dilma, que vi uma presidente obstinada e dedicada, mas não julgamos a pessoa da Dilma Rousseff, mas o governo e mais alto fala o nosso dever com o Brasil. A verdade é que precisamos retomar a normalidade do país.
O crime de responsabilidade, supostamente cometido, é apenas parte do problema, porque o Brasil precisa seguir em frente. A partir de agora o Brasil precisa se unir e ter esperança para construir o futuro junto com a sociedade. Por isso encaminho a bancada progressista a votar sim para admissibilidade do processo".
Deputado Aelton Freitas (PR/MG), líder Partido da República na Câmara, votou contra o impeachment
O parlamentar votou contra o impeachment, justificando não haver crime de responsabilidade, nem base legal e constitucional para o processo. Contudo, destacou que “a muito tempo que os partidos públicos não tem semelhanças com as seitas, portanto no PR ninguém será submetido a patrulhamento por conta de divergência política. A decisão sobre o impeachment e suas consequências será vinculada à consciência de cada um de nós e uma decisão única seria uma violência ao liberalismo fundamental do Partido da republica. O direito da divergência está preservado na bancada do PR”.
Ainda acrescentou que mesmo que a maioria do partido vote contra, o PR opta pelo respeito às diversas opiniões de sua bancada, fundamentado na ideologia liberalista que é base do partido. “Nos dedicamos ao esforço da vigilância, rejeitamos qualquer forma de ideologia exclusiva, opressora ou obediente. O PR é de natureza plural ampla e irrestrita, cujo ideologia está vinculado ao desejo de justiça social, progresso e desenvolvimento para o Brasil.”
Deputado Rogério Rosso (PSD-DF), líder do PSD, vota a favor
“Nós representamos 96 milhões de eleitores, portanto estamos legitimados. Essa é uma sessão especial, que de fato, analisamos se aprovamos ou não o relatório sobre a admissibilidade contra a Dilma por responsabilidade fiscal.
Senhores deputado, não foi eu quem ratificou os trabalhos da Comissão e sim o STF , que ao analisar diversos mandatos de seguranças, todo não tiveram provimentos.
Fizemos 11 reunião com mais de 50 horas de debate onde o provo brasileiro através da impressa pode acompanhar.
Em 92 não foi dada a possibilidade para advogado se prenunciar nos trabalhos da Comissões e dessa vez o Ministro Cardoso pode se pronunciar por duas vezes. É a homenagem que essa Casa faz ao contraditório.
Cabe a nos, cabe a essa Câmara o juízo preliminar. Quem julgará a presidenta será o Senado Federal, estamos tão somente tratando da admissibilidade.
Se houve crime ou não deixemos para que o Senado o julgue. Seja qual for o resultado, amanhã o Brasil acordará diferente”.
Fernando Coelho Filho (PSB/PE), líder do Partido Socialista Brasileiro, vota à favor
“O sentimento que domina nós do PSB não é de alegria, nem de revanche, é de frustração e preocupação com o país. Colaboramos e fizemos parte de um projeto para o Brasil. Abrimos mão de candidatura própria, apoiamos desde o inicio, mas fomos corretos, leais e alertamos quando a politica economia já prenunciava o desastre que estamos vivendo. E hoje vemos um país com mais de 10 milhões de desempregados, que esperam na política uma solução. Não a ideal, mas a solução real, possível neste momento.
E finalizou: “Tenho muito respeito à figura da senhora presidenta, mas ela perdeu a credibilidade para tirar o país dessa situação. Vivemos tempo de muita dificuldade e turbulência. Que essa tarde signifique uma decisão que resgate autoestima, confiança e acima de tudo para reanimar a confiança de um país melhor e é por isso que dizemos sim ao impeachment e ao Brasil.”
O líder do partido Democratas (DEM) pelo Amazonas, Pauderney Avelino, vota à favor do impeachment
"São 10 milhões de brasileiros estão desempregados.[…] Não podemos deixar de reagir. Temos que ir até o fim do processo. O Brasil depende de nós. Não sómos mais uma nação conformada, o povo foi às ruas mostrar sua indgnação. Devemos a ação dos jovens, aos conselhos dos mais velhos. Mas sobretudo, a nossa sociedade que disse 'basta!'. Quero homenar a justiça brasileira, na pessoa do Juiz Sergio Moro, todos os ministros, o ministério publico e a polícia federal. Homenageio o tribunal de contas da união e o meu partido. Mas quero fazer uma homenagem a esta casa – pois é aqui que os brasileiros encontram guarida. Aqui é casa do povo brasileiro.
Vamos votar e encaminhar, sim, ao impeachment da presidente. A bancada dirá sim. Vamos em frente e que vença o Brasil"
Marcio Marinho (PRB/BA), líder do Partido Republicano Brasileiro, vota à favor
“O nosso partido há pouco tempo participava desse governo, mas nós jamais poderíamos compactuar com as denúncias e crimes de corrupção e é evidente que nós logo tomamos a decisão de desembarcarmos desse governo. Nós sempre pregamos: fazíamos parte da base, mas não éramos subservientes. Viemos aqui justificar que a posição dos 22 deputados do PRB é a favor da continuidade do processo. Nós temos certeza que houve crime de responsabilidade, porque feriu a constituição federal. Nosso partido não é subserviente.”
Deputado Wilson Filho (PTB- PB), líder do PTB na Câmara, vota à favor
‘Presenciamos nessa sessão o fim de um ciclo. É preciso reconhecer que o PT fez bem a nossa democracia. Foi importante ver o que o partido de esquerda fez. É inegável a busca da igualdade como tema central a nossa democracia.
O PT fez bem ao entrar e fará um nem maior ainda ao sair. As qualidades não podem sobressair aos erros.
Sei dos problemas políticos e crise que vivemos. Todos que cometeram atos ilícitos sejam punidos. A justiça vem mostrando que as pessoas que cometem crimes poderão sim ser investigados. O país vem passando por sérios problemas econômicos e o que vemos é queda de renda, desemprego e inflação.
A Dilma não tem como rever o quadro e temos resolver o problema. Damos um basta para reescrever a historia. O meu voto não foi conquistado por ninguém, mas por tudo que vi, li e presenciei. Desculpa aquelas que acham que estou equivocado.”
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB) acrescentou à fala do líder do PTB: “Queria saudar quem começou tudo isso, Roberto Jeferson! Cometeu pedalada fiscal sim, todos aguardam no Brasil inteiro essa decisão. Vamos dar essa resposta para o Brasil, barrar a corrupção, acabar com crise, movimentar a economia e essa mesma presidenta que em campanha disse que não mexeria nos direitos dos trabalhadores nem que a vaca tussa. O pior é que a vaca tossiu e está indo para o brejo. Nossa luta é politica sim e nós daremos a respostas que a população espera.”
O Lider do Partido Democrático Trabalhista, eleito pelo Maranhão, Weverton Rocha vota "não" ao impeachment
"Chegamos em 1987 que aprovou a constituinte, e na posse, disse o presidente Ulisses Guimarães que a nação queria e precisava mudar. E que o parlamento faria sua parte. Passaram os meses, e o presidente afirmou que essa carta não era perfeita, tanto que ela admitia reformas, mas dizia também ao povo brasileiro, para respeita-la sempre. Trai-la jamais.
Quando todas as pessoas davam sugestões para formamos nossa carta, ali o PDT veio contribuir. Nós sempre tivemos do lado do povo brasileiro. É nesse momento que lembramos vários nomes do nosso partido. Se eles tivessem aqui não permitiam que esta constituição fosse rasgada. Nós sabemos o que custa a luta da tirania e a luta da elite. Este momento é o momento de dizer pro brasil: não terá vencedor, nem vencido.
Porque não temos capacidade de cumprir a constitução a risca. Traimos a contituição não dando saúde, educação e seguran a população.
O PDT vai dar a contribuição lançando condidatura própria em 2018. Lançaremos Ciro Gomes a presidente. O PDT vota contra o impeachment. Convido o plenário a dizer: Sou Brasileiro com muito orgulho com muito amor"
Deputado Genessias Noronha (SD) líder do Partido Solidariedade na Câmara votou à favor do impeachment
Não tenho mais duvidas sobre meu voto e me atenho ao relatório do deputado Jovair Arantes, que houve crime de responsabilidade sim seja na nas pedaladas fiscais seja nos decretos não autorizados pelo Senado. Os opositores insistem na lorota do golpe, atacando Eduardo Cunha e o vice-presidente Michel Temer. Como se os ataques ao presidente dessa casa e ao Michel Teme inocentasse essa presidenta. Golpe é o que a presidenta Dilma tem praticado, quando enganou a todos nós vendendo um país fortalecido. Vamos livrar o país pelo partido da Jararaca.
Cedeu tempo ao presidente do partido, Paulinho da Força.
“Quero saudar a população, principalmente àqueles da avenida Paulista, saudar ao meu amigo Eduardo Maia e Eduardo Cunha que nunca desistiram. Queria que vocês do Brasil inteiro pudesse cantar a musiquinha que começou o processo: Dilma vá embora, que o país não quer você. E leve o Lula junto e os vagabundos do PT.”
Deputada Renata Abreu (PTN-SP), vota sim
“Até quando um sistema surdo atrasará nossa esperança. Nunca via as pessoas tão descontentes, tão desiludidos. Vamos deixar o nosso povo decidir o seu futuro. Queremos transformar toda essa indignação em mudança, que derrube esse muro de mentira. Queremos o que estão pedindo há trinta anos. Mais transparência, mais participação. Por uma nova reposta ao jovem que ainda acredita. Por um fim ao silencio dos bons e honestos. Estamos diante da oportunidade de passar o Brasil a limpo brasil. Decidimos estar ao lado da maioria dos brasileiros.
Lider do PCdoB, Daniel Gomes de Almeida, eleito pela Bahia vota a favor
"Estamos diante de uma situação surreal. Uma presidenta sob a qual não pesa qualquer denuncia, e tem o seu mandato por uma conspiração de corruptos. Ninguém fala mais do relatorio apresentado pelo Jovair Arantes, porque não há crime. Perante a constituição não é possível admitir esse processo eleita por mais de 50 milhões de brasileiros.
Querem transformar esse plenário em um colégio eleitoral. Não estamos no parlamentarismo. Quem legitima o acesso ao poder é o voto popular. Qual saida encontrariamos pós impeachment? Qual a agenda desse governo que nasce maculado pela mancha da ilegitimidade? A agenda do futuro? A agenda do retrocesso, a agenda do estado minimo. Falam que já se vislumbra um entendimento em torno da lava-jato. Esse caminho [impeachment] é o caminho do agravamento da crise.
Nós vamos ganhar essa batalha. O golpe não passará!"
André Moura (PSC/SE) líder do Partido Social Cristão na Câmara do Deputados vota à favor do impeachment
“Estamos presenciando um dos momentos mais marcantes da nossa democracia atual, gritos de revoltados, gritos de um povo que não aguenta mais e está arruinado pela irresponsabilidade de um governo desumano. Temos que fazer agora o nosso papel e decidir hoje o futuro da nossa nação. Do ponto de vista jurídico as bases são legais para o impeachment. Temos de um lado milhões de brasileiros, uma maioria que quer um novo Brasil, acabar com a corrupção, gritam por justiça. E do outro lado uma minoria ruidosa, que quer se perpetuar no poder.
E no futuro teremos a certeza que estamos escrevendo uma das mais belas páginas da nossa história. Aprovados aqui e no Senado passaremos a uma etapa de reconstrução nacional e acreditamos que o vice-presidente Michel Temer tem todas as características para levar o nosso país ao caminho certo. A bancada do PSC vota sim ao impeachment e viva o Brasil!”
Deputado Rubens Bueno (PPS- PR), vota à favor
"Demonstramos a clara violação dos crimes de responsabilidade fiscal, deixando claras as fraudes fiscais e perversidade com economia e a o povo brasileiro da presidenta. Para ser eleita ela praticou crimes. O governo Dilma destruiu o valor da nossa moeda e o sonho de milhões de brasileiros.
Queremos ter emprego e renda para ter uma vida e sustentar a família.
Seu afastamento põe fim a mais de uma década de roubalheira generalizada, a corrupção está no DNA do PT. Temos que tirar essa organização criminosa, para que ela saia do poder e nunca mais volte. Ela perdeu a autoridade moral.
Contratos sujos com a Petrobrás, praticou fraudes fiscais, acobertou tráfico de influência, tentou destruir a justiça e soltar réus da Operação Lava Jato. O modelo de Lula e Dilma no poder se exauriu."
Lider do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Givaldo Carimbão, vota contra o impeachment
"O partido Humanista da Solidariedade tem funções programáticas. Nesse momento, em que decidiremos se uma presidente fica ou sai, o partido votará a favor do impeachment. Porém, estamos em uma democracia, eu votarei contra o impeachment.
Mas as sete pessoas representadas pelo meu partido irão vota diferente de mim. Eu quero agradecer a esse partido por entender a minha posição. Nós podemos discordar, mas sem brigar. E votem consciente. Eu estive com Michel Temer, e ele me disse: eu conheço a sua história, por isso não tenho direito de pedir seu voto"
Sarney Filho (PV) líder do partido Verde votou a favor do impeachment
"Nenhum de nós, homens e mulheres de bem gostaria de estar passando por esse momento, mas é um momento que se impõe. A decisão do PV é unanimidade à favor do impeachment."
Sarney passou a palavra ao deputado Evandro Gussi (PV): “Todos nós aqui temos concordância em uma coisa: estamos em um momento histórico e é nesse momento que homens e mulheres se revelam. E tenho honra em combater ao lado de vossas excelências.
Hoje nós, da Câmara dos Deputados assim como a 500 anos atrás navegamos mares tenebrosos para levar o Brasil a um futuro melhor e espero que os brasileiros estejam ao nosso lado de novo. Tenho certeza que essa brava gente brasileira não se furtará aos seus sacrifícios e deveres para levar esse país para frente. Nós votamos a favor do impeachment e a favor do Brasil”.
PSOL – Deputado Ivan Valente, vota contra
“A bancada votará unida contra o impeachment. A revista exame publica essa semana que Cunha recebeu milhões em propina. Ele continua balançado a pança e comandando um monte de deputados que segue sua orientação. O espírito de vingança de Cunha, o oportunismo e cinismo permitiram que se chegassem ao pedido de impedimento da presidenta sem que houvesse crime fiscal.
Criaram as pedaladas fiscais para poder fazer isso. Queremos denunciar que está em curso uma ruptura com a constituição, um grande golpe, com apoio da Fiesp. 60% da população rejeitou o Temer, que não teve nenhum voto. Se passar o impeachment, essa farsa, teremos um governo ilegítimo”.
Deputado federal, lider do partido Progressista, Ronaldo Fonseca vota a favor
"Eu lider votarei sim, e um dos nossos membros ainda não terminamos a conversa, o deputado Odorico, estara votando contra o impeachment.
Contudo, não admito que falem que esse processo é um golpe contra o Brasil. A constituição apresenta isso. Portanto não há golpe. A constituição respalda este ato. Mas eu venho a tribuna também senhor presidente, contra uma agenda de esquerda que quer destruir a família brasileira.
Sabe o que esta parecendo? Um diarreia verbal que ninguém suporta mais. O Brasil quer uma decisão! Sim ao impeachment!"
Deputado Ivan Valente presidente da Rede Sustentabilidade votou contra o impeachment
“A nossa bancada está dividida quanto ao tema, razão pela qual nossa bancada está livre para decidir pessoalmente. O que unifica a Rede é o desejo por um julgamento justo, que todos os crimes sejam julgados com imparcialidade, e que esse processo não poderia ser presidido por um réu no Supremo Tribunal federal, o que demonstra que nada tem a ver com combate a corrupção. Se isso tivesse algo a ver com combate a corrupção, certamente não teria Eduardo Cunha como presidente.”
“A medida mais grave em uma democracia é desfazer a decisão do eleitor. Isso pode ser feito, mas só em condições extremamente urgentes.” O deputado justificou que não houve crime de responsabilidade e comentou: “Essa casa não pode escolher quem governará o Brasil, porque não estamos no parlamentarismo”.
“O que move esse processo não é o desejo de qual porta entrará para história, mas qual porta entrará no Palácio do Planalto. Pela porta da frente, a rampa dos eleitos ou pela porta de trás, dos golpistas.”
Deputado Silvio Costa (PT do B- PE) – líder do PT do B na Câmara, vota contra
“Quem ta tentando assumir o poder é o PCC, o Partido da Corja do Cunha. Esse canalha saiu daí agora, bandido, ladrão, já devia tá preso. Que país é esse onde um bandido, onde um homem que devia tá na cadeia quer tirar o mandado de uma mulher honrada, de uma mulher digna.
Disse e vou repetir, 95% dessa oposição não tem morla, não tem ética para ofender a Dilma.O líder de vocês, Aécio Neves, foi denunciado em Furnas. Eu sou um homem limpo, não tenho nenhum processo, mas vocês, 95% são uns desmoralizados.Esse Cunha vai fazer a maior delação premiada do mundo e vai levar a maioria de vocês. Vocês ofereceram tudo, mas perderam.
Heróis da democracia., eles vão começar ganhando, tá em 502, se chegar só em 505 eles vão perder por um voto, vai ser com emoção”.
Lider do partido Partido Social Liberal, Alfredo Kaefer, vota 'sim' ao impeachment
" A presidente não zelou pelas contas publicas, gastou sem autorização do congresso. Fato verididco. Mas o fato mais grave foi a realidade do Brasil: criou o verdadeiro caos econômico no pais. Comercio que trocou suas placas de 'promoção' por 'vende-se'. E milhares de brasileiros sem esperança, sem alento, sem emprego.
O fato da vida real é a situação que o País vive hoje em função de uma administração que afundou a economia. A democracia nos permite a erros, como nós cometemos num passado recente elegendo a presidente, mas permite que nós, deputado federais, possamos fazer essa correção. Levando ao Senado o afastamento definitivo. Nós precisamos de esperança. Nós, do PSL, queremos dizer que votaremos 'sim' ao impeachment"
Junior Marrenca (PEN/MA), líder do Partido Ecológico Nacional, votou contra ao impeachment
“Podíamos estar convocando novas eleições para que possamos eleger um presidente e não tirar à força uma presidente com mandato legítimo e legal. Nós, o pen, temos divergências e cada parlamentar tem a liberdade necessária para votar como queira, mas o meu voto é contra o impeachment.
Nós vamos sair daqui vitoriosos e a democracia vai vencer, ela tem que ser validada. Povo da rua não pense que o que está acontecendo aqui é o que vocês estão vendo. É um mero acordo pra destituir uma presidenta legitimamente eleita. Teríamos que fazer novas eleições e convocar o povo para voltar às urnas eletrônicas e não trazer o vice-presidente ao poder.
Se formos destituir a presidenta do Brasil por impopularidade, vamos destituir os governos estaduais, municipais que não tem popularidade e destituir o Congresso Nacional que não tem mais popularidade para representar o Brasil.”
Deputado Weliton Prado (PMB-MG), vota à favor
“Temos que separar o que representou os dois mandatos do Lula, o primeiro mandato da Dilma. Milhões de pessoas saíram da linha da pobreza. Muitas universidades federais foram abertas, tivemos mais vagas em escolhas públicas, Prouni, Pronatec, bolsa família, Minha Casa Minha Vida.
Temos que reconhecer todo esse legado, mas o atual mandato da Dilma é indefensável, é muito grave, é muito sério o que ela fez com a economia, ela está retroagindo.
Sabemos que a saída para o país não é o Temer nem Cunha. Mas sim novas eleições, uma constituinte exclusiva e reforma politica.
Se teve crime ou não o Senado Federal é que vai decidir. Se tem crime contra Dilma, tem contra o Temer, contra o Alkmin , contra Lula, contra Fernando Henrique, Aécio quando governado de Minas.
Temer é como se fosse um vampirão, aproveitando esse momento de fragilidade do governo. Contagiou e contaminou inclusive essa Casa. Tenho certeza que ele não é a solução do nosso país”.
Lider do partido PSDB, Miguel Haddad, vota a favor
"Jamais a nação viveu os tormentos que vive no presente. O pior: a cada dia a situação se agrava. Por hora, quase 300 brasileiros pedem seus empregos.E não a canto no pais que haja sinal de esperança. Senhores deputados, nós não estamos aqui julgando apenas os muitos crimes cometido pela presidente Dilma Rousseff. O que estamos a decidir é o futuro de um País destroçado, que com sua arrogacia humilhou o parlamento, e governou de costas para seu povo, cuja fidelidade não é a nação, mas a sua ideologia.
Quebrou a petrobras, os fundos de pensão, e o tesouro nacional. Tudo isso, para construir um projeto de uma ilusão insenta que nos levou ao habismo. Diante das incertezas, só temos uma certeza, o Brasil não pode vagar sem rumo. E a partir dessa certeza devemos procurar a resposta para o povo Brasileiro.
Todos nós sabemos, a presidente não reune as condições para realizar essa tarefa presidencial. Durante todo mandato foi advertida, e não se indignou a responder qualquer crítica. Quem não se lembra de ouvir Dilma dizer que em 2015 o Brasil ia bombar, quando sabia que o pais estava quebrado. E o que nos esperava era um mar de lama.
Peço que façam a pergunta: acreditam que o Brasil consegue aguentar mais três anos de Dilma Rousseff? Que o cristal da confiança quebrado, possa ser recomposto? É preciso, para o bem do Braisl e do povo brasileiro, dar um basta em toda essa insensatez".
José Guimarães (PT/CE), líder do Governo na Câmara, votou contra o impeachment
“Quis o destino que eu fosse o último inscrito nessa tarde memorável. Para falar a partir e um telefonema da minha mãe, de 96 anos, para falar dessa imensidão de gente que está na rua, se é que a rua tem entrada aqui. Hoje as ruas estão majoritariamente contra o golpe e contra o impeachment.
Eu tenho certeza do que está em discussão aqui não é o relatório, porque ele está fadado a aplicar um golpe na democracia, na legalidade democrática. Esse não é o caminho para a crise que estamos vivendo. Se temos compromisso com o governo brasileiro, com os governadores do estado, os prefeitos, eu pergunto: será que esses governadores que estão desgastados vão deixar de governa seus estados?
Eu não posso aceitar que um vice-presidente capitaneie um processo de tentativa de impeachment, que não é nada mais que um golpe que querem dar na democracia.
Tem crise moral e ética maior que instalada no parlamento brasileiro? Então se queremos passar o Brasil a limpo temos que passar a Câmara dos Deputados a limpo.
Eu quero saudar O PSOL, a Rede, que mesmo com críticas ao nosso governo não se rendem ao canto de sereia dos golpistas. Por últimos eu quero dizer, presidente respeite o voto de 54 milhões de brasileiros.”
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(Atualizada às 15h42 – horário de Cuiabá)