Duas operações foram deflagradas na manhã desta quinta-feira (14) pela Polícia Judiciária Civil, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Pernambuco para prender 36 membros de duas organizações criminosas. As quadrilhas tinham núcleos fornecedores de drogas na fronteira de MT com a Bolívia.
A operação ‘Poeira Branca’, cumpre 19 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, contra a quadrilha que trazia maquinários agrícolas roubados no estado de São Paulo, para trocar na fronteira de Mato grosso por drogas.
Pelo menos três mandados de prisão foram cumpridos nos municípios paulistas São José do Ribeirão Preto, Catanduva e Marapoama; 1 mandado em Mato Grosso do Sul; e os demais em Mato Grosso nas cidades de Rondonópolis (1), São José dos Quatro Marcos (3), Diamantino (1), Jangada (1), Cáceres (2), Araputanga (3), Glória D' Oeste (1), Porto Esperidião (2) e Mirassol D' Oeste (1).
As máquinas avaliadas em cerca de R$ 150 mil eram negociadas por valores médios de R$ 30 mil, convertidos em tabletes de pasta base de cocaína. Dois desses carregamentos de cocaína, um de 20 quilos apreendido em Mirassol D’ Oeste e outro de 15 quilos no município de São José dos Quatro Marcos, foram interceptados nas investigações pela Polícia Civil, além de uma espingarda e uma pistola calibre 45.
A segunda operação batizada de "Rota Tripla" é alusiva aos três principais destinos da droga adquirida pela organização criminosa na fronteira. O entorpecente saía do município de São José dos Quatro Marcos, seguia para Cuiabá (MT), Goiânia (GO) e estados do Nordeste, como Pernambuco e Bahia.
17 mandados de prisão e sete de buscas estão sendo cumpridos em Caruaru (PE), Goiânia (GO), São José dos Quatro Marcos, Cuiabá, Cáceres, Araputanga e Mirassol D' Oeste. Outras sete ordens judiciais foram decretadas contra traficantes já presos.
A quadrilha alvo da operação "Rota Tripla" conseguia movimentar mais de 200 quilos de cocaína por mês, o equivalente a R$ 1,2 milhão. Segundo o delegado da DRE, Juliano Carvalho, as duas organizações são distintas e agia cada uma dentro do esquema do tráfico de drogas montado na fronteira.
Para a operação foram empregados cerca de 120 policiais civis da Diretoria de Atividades Especiais, das Diretorias do Interior, por meio das Regionais de Cáceres, Rondonópolis e Alta Floresta, e Diretoria Metropolitana, por meio da Regional Várzea Grande, e apoio de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).