Em conversa por telefone com o Circuito, o prefeito de Rondonópolis (216 km de Cuiabá), Percival Muniz (PPS), minimizou a interpelação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) protocolada pelo vice-governador do Estado, Carlos Fávaro (PSD), que exige explicações de Muniz sobre uma suposta declaração em que teria dito que um assessor ligado a Fávaro estaria distribuindo altas quantias de dinheiro para lideranças do agronegócio se filiarem ao PSD.
Para o chefe do executivo municipal de Rondonópolis, "estão fazendo uma tempestade num copo d'água", afirmando que ele apenas questionou num grupo de whats'app se alguém conhecia a pessoa que estava cooptando líderes do agronegócio de Mato Grosso. Segundo ele, Muniz perguntou neste grupo quem seria o "Cotia", que é a pessoa que estaria "assediando lideranças do interior". Quando lhe responderam que "Cotia" era alguém ligado a Carlos Fávaro, o prefeito indagou novamente: "seria esse o Cotia?"
"Perguntei num grupo de whats'app se alguém conhecia um tal de 'Cotia' que vinha assediando lideranças no interior do Estado. Quando me responderam que 'Cotia' era uma pessoa ligada ao vice-governador, questionei se tratavam-se da mesma pessoa. Só isso. Agora estão falando de representação, de TJ. Besteira. Estão fazendo tempestade em copo d'água", afirmou.
O caso
O vice-governador Carlos Fávaro (PSD), protocolou na tarde da última segunda-feira (11) uma representação em que solicita explicações do prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz. De acordo com a ação, Fávaro exige que o prefeito esclareça as declarações que teria feito sobre uma suposta cooptação de lideranças do interior de Mato Grosso em troca de altas quantias de dinheiro.
A denúncia foi feita após interpelação na tribuna da Assembleia Legislativa (AL-MT), feita pelo deputado estadual Max Russi (PSB), que exigiu esclarecimentos do vice-governador, Carlos Fávaro, sobre um suposto assédio para filiação no PSD em troca de dinheiro que certas lideranças políticas do interior estariam sofrendo.
Segundo nota da assessoria do vice-governador, o objetivo de Fávaro é "conservar e resguardar seus direitos".