Política

Bolsonaro promete armar produtores rurais de MT

Com posições políticas polêmicas e sempre provocando reações que oscilam entre a exaltação e a ojeriza, Jair Bolsonaro esteve presente em Campo Novo do Parecis para a 9ª Feira Rural Parecis Superagro. O parlamentar foi o primeiro palestrante desta segunda-feira (11), com o tema “Por um Brasil Melhor”, e aproveitou para reafirmar sua pré-candidatura à presidência e apoio aos grandes produtores rurais.

Sempre muito assertivo em seus pronunciamentos o parlamentar declarou durante entrevista: “No que depender de mim, vocês aqui da área rural vão ter fuzil na sua propriedade, porque a propriedade é sagrada e é base da democracia. Se não é sagrada quer dizer que não vivemos numa democracia, mas sim no socialismo, que nós abominamos”.

Ao dizer “vocês da área rural”, Bolsonaro se referia aos grandes produtores rurais de Mato Grosso, que são organizadores e integrantes do evento. Para o parlamentar as reivindicações ambientais, indígenas e quilombolas são empecilhos ao setor que estaria realmente produzindo riqueza para o Brasil, inclusive apelidou o agronegócio de “locomotiva da nossa economia”. Ainda ressaltou: “Não podemos deixar a questão indígena nos atrapalhar, quilombolas, questões ambientalistas. A gente tem que apresentar alguma coisa para não atrapalhar quem está produzindo”. 

A Feira Rural Parecis Superagro é uma ocasião que reúne o setor ruralista de Mato Grosso e busca discutir questões relevantes aos empresários da área. Entre os principais temas desta edição estão a crise política e econômica do Brasil.

Bolsonaro aponta o impeachment como uma solução para os problemas econômicos do país, “Se a esquerda governar mais quatro anos estamos perdidos”. O presidente do Sistema Famato, Rui Prado, faz coro com o parlamentar afirma: “Não podemos aceitar a incitação para a invasão de áreas rurais e precisamos aprovar o impeachment da Dilma”, disse Prado. Rui complementa que o setor do agronegócio precisa unir forças para vencer este momento de instabilidade e cobrar dos políticos do Estado, para aprovar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Bolsonaro, no entanto, vai um pouco além e argumenta que “a esquerda não tem limites, inclusive, rascunhou um decreto baixando o Estado de Defesa, mas ela vai ter uma surpresa. A esquerda não vai contar com quem achava que poderia contar, porque nós das Forças Armadas nunca estivemos ao lado de qualquer partido político. Nosso partido político é o Brasil”.

Bruna Gomes

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