Política

Debate sobre parecer aponta Câmara favorável ao processo de impeachment

Foto Ailton de Freitas

A comissão do impeachment encerrou na madrugada de hoje (9) o primeiro debate sobre o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef. A sessão durou mais de 13 horas e foi dominada por argumentos que analisavam a legalidade ou não dos argumentos contidos no processo.

Ao todo 61 deputados discursaram. A maioria, 39 deles, defendeu o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), ou seja são a favordo prosseguimento do processo de impeachment, e praticamente metade se posicionaram contrários (21). E um se declarou indeciso. Cada deputado membro da comissão teve 15 minutos para defender sua posição, enquanto os não membros falaram por dez minutos.

Inicialmente, a sessão iniciada nesta sexta-feira duraria até 3h, mas líderes partidários entraram em acordo para estendê-la até 4h30. A reunião acabou sendo prolongada em mais 13 minutos, para que todos os deputados presentes pudessem falar. Ao todo, foram registradas inscrições de 116 deputados na lista de discursos, sendo 72 para falar a favor do processo de impeachment e 46, contra. Dois parlamentares se inscreveram tanto na lista dos favoráveis quanto na dos contrários ao processo de impedimento.

Durante uma pausa, após mais de cinco horas de sessão da comissão do impeachment, pães com manteiga e queijo foram levados, a pedido do presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), para serem distribuídos a deputados, assessores e jornalistas. Do lado de fora da comissão, manifestantes e deputados contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff comeram pão com mortadela.

Ao final do debate, 61 deputados haviam discursado. 39 deles foram a favor do relatório e, portanto, defenderam a abertura do processo de impeachment, enquanto 21 se manifestaram contrariamente ao parecer. Somente um parlamentar disse estar indeciso.

A votação do parecer acontece nessa segunda-feira (11), a partir das 17h. Na ocasião não haverá mais espaço para discurso de todos os deputados, apenas líderes partidários. Em seguida, a Advocacia-Geral da União poderá se pronunciar novamente em defesa de Dilma. De acordo com o presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), o próprio advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fará a defesa da presidenta Dilma na sessão.

A data de análise do processo de impeachment pelo plenário da Câmara ainda não foi definida, mas existe a possibilidade de a discussão ser iniciada na sexta (15) e que a votação ocorra no domingo (17).  Cada um dos 25 partidos políticos com representação na Câmara terá direito a uma hora de pronunciamentos no plenário.

Com EBC e G1

Redação

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