O vice-presidente Michel Temer (PMDB), avisou em reunião com o ex-presidente Luís Inácio "Lula" da Silva, nesta segunda-feira (28), que o partido deve mesmo deixar a base aliada do governo Dilma Rousseff (PT) num encontro agendado para esta terça-feira (29), ocasião em que o diretório nacional decidirá pelo rompimento, ou não, da legenda. As informações são da "Folha de São Paulo".
Segundo reportagem de Mariana Haubert, Gustavo Uribe e Daniela Lima, Temer, que também é presidente do PMDB, descartou a possibilidade de adiamento da reunião, hipótese que ainda dava alguma esperança ao governo federal, que assiste sua base política no Congresso se desintegrar as vésperas da votação de um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Assim como fizera na famigerada carta enviada a Dilma, em dezembro de 2015, o representante da legenda com maior número de parlamentares no Congresso se queixou de que a presidente não "o recebia", apontando para um suposto "isolamento" que viria sofrendo da chefe do executivo, sem agenda para reuniões com o vice há dois meses.
Com a justificativa de que "existem projetos" a serem finalizados antes da saída do PMDB da base de sustenção do governo, ministros nomeados por Dilma, que também são parte da legenda, tentam convencer o vice-presidente a "adiar" para meados de 2016 a saída oficial do governo. Até lá, grupos contrários ao impeachment teriam fôlego para tentar uma rearticulação no poder legislativo.