O deputado federal de Mato Grosso, Nilson Leitão (PSDB), que integra a comissão de impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) disse que o parlamento (oposição à Dilma) está esforçado na missão de dar quórum para análise do trâmite do processo e acelerar o rito que deve conter dez reuniões.
Segundo Leitão a medida visa alcançar o mais rápido possível o envio da matéria para a votação em plenário. “O processo já está acelerado, ontem a presidente Dilma já foi notificada, hoje nós estaremos aqui reunidos para dar quórum a sessão. Era dia de irmos para nossos estados, mas definimos que vamos ficar e dar prosseguimento ao processo. Agora não são mais dez sessões necessárias para avaliarmos a questão, são nove. Queremos encerrar o processo até dia 11, para que dia 13 já esteja no plenário para votação. Mas queremos encerrar a parte da Câmara em no máximo 20 dias”, disse ao Circuito Mato Grosso.
Os partidos de oposição anunciaram que vão se organizar para dar quórum na Câmara às sextas e segundas-feiras, dias em que tradicionalmente não há trabalhos na Casa. Segundo os líderes partidários, será montado um esquema de rodízio entre os parlamentares para garantir a abertura de sessões com o quórum mínimo de 51 presentes.
Com a criação da comissão processante, a presidente da República terá 10 sessões para apresentar sua defesa. O relator, que será eleito nesta quinta, 17, terá outras cinco sessões para entregar um parecer. Dilma será notificada ainda nesta quinta, 17, pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora, deputado Beto Mansur (PRB-SP), sobre a criação da comissão especial do impeachment.
Os partidos de oposição estão empenhados agora em levar, o mais rápido possível, o julgamento da presidente Dilma ao plenário. Empolgados com a criação da comissão, os parlamentares prometem pressionar para que os trabalhos sejam acelerados.