Na manhã desta sexta-feira (04), o governador Pedro Taques (PSDB) disse que a ‘prisão’ do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um marco histórico na política brasileira. O gestor disse isso durante o Fórum dos Governadores do Brasil Central, que ocorre em Goiânia-GO.
Para o gestor mato-grossense em 10 anos o país vai olhar para trás e ver esta data como histórica. “Sem fulanizar a conversa, mas esta é uma data aqui é uma data importante para o Brasil, daqui a 10 anos, como nós fazemos sempre a pergunta onde você estava em tal dia há 20 anos atrás, nós faremos com esta data. Como disse o governador Perillo (Marconi Perillo, governador de Goiás), penso que esta data, seja uma data importante”, disse.
O governador afirmou que acredita que a operação trará mais transparência as ações do governo e mostrará para a população que independentemente do cargo todos estão sob a luz da justiça.
Taques rechaçou a possibilidade de golpe e afirmou que a operação é fruto do bom funcionamento da democracia brasileira. “As instituições estão funcionando e isso é muito importante. O Ministério Público, a Polícia Federal, a Justiça Federal, o Congresso precisa fazer a sua parte, isso é fato, a imprensa. Isto mostra que a nossa sociedade e a nossa democracia está consolidada. Quem falar que isso é golpe, perseguição seja lá o que for está redondamente enganado, as instituições estão funcionando e isso é demonstração da democracia”, argumentou.
Perguntado sobre se o possível impeachment poderia ser debatido durante a reunião com os governadores do Brasil Central, Taques voltou a afirmar que a medida é instrumento constitucional e não é fruto de golpe. “Esta pauta é muito importante, eu entendo que o impeachment não seja golpe é construção constitucional, mas nós precisamos falar um pouco mais do Brasil Central”.
Condução coercitiva de Lula
Na manhã desta sexta-feira, foi deflagrada a 24ª fase da Operação Lava Jato na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, e em outras cidades de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia. O ex-presidente foi levado coercitivamente para depor em Congonhas.
Na última quinta-feira (03.03), trechos de uma possível delação premiada do ex-senador do Mato Grosso do Sul, Delcídio Amaral (PT), foram divulgadas pela revista Isto É. Após a divulgação do fato, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), convocou os governadores do país para uma reunião extraordinária nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto. Com assessoria