Em tempos de bonança, temos que seguir a máxima que dinheiro não aceita desaforo. Em tempos de crise temos que ser desapegados, criativos e inteligentes.
Meu carro é um Mini Cooper conversível, amarelo com faixas brancas. Sempre sonhei em ter este carro. Mas experimente usa-lo no dia a dia em Cuiabá. A equação é simples: R$ 2.000 manutenção/mês, afinal além de ser Estiloso ele é um BMW por baixo.
Em 2015 morei um ano em SP em um projeto de consultoria para a implantação da área Agribusiness de uma agência de Marketing. Lógico que não levaria o Mini para SP, e já estava cansado de andar de metrô. Segui o exemplo do meu amigo dono da agência que nos conhecemos em um curso em Harvard, e de vários executivos tanto de São Paulo quanto europeus: comprei minha primeira Scooter. Na Europa, nem em pleno inverno, eles trocam a praticidade de uma Scooter por suas Porches que ficam na garagem. Desapego.
Pois bem. Cuiabá não é São Paulo em engarrafamento, e não é Europa no asfalto, que está destruindo meu Minion (o Mini Cooper). Então, me tornei novamente um Scooter. Comprei a Susie Q – Oh Susie Q, Baby I love you, O Susie Q (Música do Creedence Clearwater Revival). Uma Honda PCX preta completa. Linda, deliciosa de pilotar, potente – e olha que tenho 1,90 mt e peso 110 Kg. Minha Susie Q me leva para todos os lugares, enquanto meu Minion tem um merecido descanso e um lifting necessário.
Mas para isso é preciso mais que criatividade. E, me desculpem a sinceridade, é preciso desapego em uma cidade provinciana como Cuiabá. VIVA A SUSIE Q.