Julierme Leocádio da Rosa, 36, foi preso nesta terça-feira (23) suspeito de aplicar golpes e se passar por servidor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O suspeito teve fiança aplicada no valor de seis salários mínimos, correspondente a mais de R$ 5,2 mil, que foi paga e o preso responderá ao inquérito policial de tentativa de estelionato em liberdade.
De acordo com a polícia, o suspeito, se apresentava como funcionário do Detran, e dentro do órgão, em Cuiabá, oferecia facilidades, como agilizar processos para regularização de veículos e aquisição da carteira nacional de habilitação (CNH), para clientes, em troca de vantagens em dinheiro.
Na terça-feira (23), Julierme abordou uma mulher que aguardava atendimento no Detran e ofereceu seus “préstimos”, pela quantia R$ 750, para “facilitar” a aquisição da CNH. A Polícia Civil já apurava uma denúncia e efetuou a prisão em flagrante antes que a vítima efetuasse o pagamento. O suspeito foi preso dentro do Detran e conduzido à Derrfva por tentativa de estelionato, em razão da vítima não ter consumado o pagamento.
A prisão foi efetuada na operação “Carga Máxima” da Secretaria de Estado de Pública, por policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva) em conjunto com o Detran.
Ação
O golpista agia sempre da mesma forma, se identificando como servidor do Detran, se propondo a dar agilidade nos processos em trâmite dentro do órgão. Ele cobrava valores entre R$ 250 a R$ 3 mil, conforme o tipo de serviço. E esses valores teriam que ser pagos com antecedência. No entanto, após o recebimento do dinheiro o suspeito desaparecia. Para cada vítima ele fornecia nomes diferentes.
Pelo menos quatro vítimas teriam caído nos golpes. Mas a Polícia Civil acredita que o número pode ter sido bem maior. As vítimas reconheceram o suspeito. “Nossa orientação à população é, sempre que precisar de um serviço do Detran ou de qualquer órgão público, a pessoa deve comparecer diretamente no local da prestação de serviço, nunca realizar pagamentos para intermediários. Sempre desconfiar de valores abaixo daqueles ofertados”, destacou o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.
Em interrogatório ao delegado, o suspeito declarou que essa era a forma que achou para ganhar dinheiro por estar desempregado. “Ele realmente acompanha as vítimas até o Detran, mas depois que recebia o dinheiro sumia”, disse Vitor Hugo.
A vítima contou que conheceu o golpista dias antes em uma igreja. Na ocasião ele se apresentou como Flávio. A vítima agradeceu a ação rápida dos policiais civis evitando que ela efetuasse o pagamento para o falso servidor, que prometia facilitar na aquisição de sua carteira de habilitação, junto ao Detran.
(Com assessoria)