O presidente Barack Obama fala durante reunião com governadores na Casa Branca nesta segunda-feira (22) (Foto: AP Photo/Susan Walsh)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou nesta segunda-feira (22) ao Congresso um adicional de US$ 1,9 bilhão ao orçamento do ano fiscal 2016 para combater o vírus da zika, US$ 100 milhões a mais do que tinha anunciado no início do mês.
"Peço ao Congresso que considere para o ano fiscal 2016 a solicitação de créditos suplementares de emergência de aproximadamente US$ 1,9 bilhão para responder ao vírus da zika tanto em nível nacional como internacional", escreveu Obama em carta dirigida ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan.
"Este financiamento se centraria nos esforços de preparação em curso e proporcionaria recursos para os Departamentos de Saúde e Serviços Humanos e a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID)", acrescentou na nota.
Obama afirmou que desta maneira pretende apoiar os esforços de resposta imediata para prevenir a propagação do vírus assim como a pesquisa mais rápida e efetiva sobre vacinas, tratamentos ou diagnósticos do mesmo.
Na carta, o presidente se refere especificamente a aumentar os fundos federais para os serviços de saúde públicos em Porto Rico, o território mais afetado pelo vírus, assim como no resto dos Estados Unidos para os serviços de saúde a mulheres grávidas com risco de infecção ou que tenham contraído a doença.
Combate ao Aedes aegypti
Com este orçamento, Obama também pretende melhorar a capacidade dos países afetados pelo zika com melhores ferramentas para combater os mosquitos que o transmitem e "apoiar às populações afetadas".
Até agora foram registrados 50 casos de zika importados nos Estados Unidos e um local através de contágio sexual em Dallas (Texas), de acordo com números dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
As novas diretrizes emitidas pelos CDC recomendam o uso de preservativos ou a abstinência aos casais de mulheres grávidas que tenham viajado para uma região onde se registrou atividade do vírus, para evitar um possível contágio durante a gestação do bebê.
Um total de 30 países e territórios fazem parte da lista de alerta de viagens dos CDC, que inclui quase toda América Latina.
Os CDC recomendam também às mulheres grávidas que tenham viajado para alguma das zonas afetadas pelo zika que se submetam a testes de detecção do vírus durante o período de duas a 12 semanas posteriores a seu retorno aos EUA, mesmo quando não mostrem sintomas.
Fonte: G1