O livro "Sonho Grande" sobre o trio Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles além de inspirador é uma visita ao meu passado por mostrar o que é Meritocracia.
Não existe sucesso em uma empresa se nela não existir Gente Boa. Mas o que é Gente Boa? São profissionais capacitados, comprometidos, com sabor de vitória na boca, muita vontade de vencer, ambiciosos, leais, transparentes e que mesmo não concordando com a política adotada pela empresa se empenham e dão 200% de si para atingir resultados propostos – fazem mais do que se espera.
Empresas, enquanto organismos vivos, precisam de órgãos em perfeito funcionamento e que ajudam na superação de limites. Estes são os Gente Boa, não no sentido de legais, camaradas, mas sim de serem fora da curva, profissionais que não vão trabalhar todo dia não para bater cartão. Mas eles somente aparecem se estiverem em um ambiente meritocrático onde Gente Boa é reconhecida, valorizada, incentivada. E nem sempre Gente Boa = boa praça. Na maior parte das vezes são tão competitivos que precisam ser acompanhados para não gerar desequilíbrio.
Perdi muita Gente Boa para o Lado Negro da Força, por dar autonomia, acreditando em sua maturidade e bom senso. Se não regar, não acompanhar, não policiar e principalmente não deixar claro as barreiras, os limites, é praticamente certo que estará se criando um Líder que não terá utilidade futura, alguém fora do controle, arrogante e sem senso de hierarquia. Não é fácil identificar genuínos Gente Boa, e mais difícil ainda é ter um ambiente para seu crescimento e saber lidar com este tipo tão especial.