Em no máximo dois meses, o ex-deputado José Geraldo Riva poderá ser condenado – caso seja considerado culpado – a pena de 960 anos de prisão pelos crimes de peculato (apropriação de verbas públicas para interesses privados) e lavagem de dinheiro. A declaração foi dada pelo promotor que é responsável pelo caso Sérgio Silva da Costa, minutos antes do inicio da oitiva que apura as denúncias da Operação Arca de Nóe.
Em fase final de instrução, Riva responde por mais de 80 processos – somente na Operação Arca de Noé – e a pena de cada uma dessas ações variam de 2 a 12 anos de prisão. “A maioria desses processos já tramitaram na justiça e agora estamos na fase final, onde ouviremos os réus. Caso ele seja considerado culpado ele pegará de 2 a 12 anos em cada processo, ai é só somar nos mais de 80 que ele possui neste caso”, explicou Sérgio.
O ex-parlamentar será interrogado pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, em dois processos na Câmara Criminal de Cuiabá (processo n° 168236 e 167091) ambos propostos pelo Ministério Público do Estado (MPE).
Na primeira ação mencionada, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado é acusado de ter praticado por 126 vezes os crimes de peculato e lavagem de dinheiro (63 vezes cada um deles) e ter desviado R$ 3,3 milhões.
Na segunda ação o deputado e os co-réus teriam constituído de forma fraudulenta a empresa D. P. Quintana Publicidades, forjando operações desta com a Assembleia Legislativa do Estado de Mato para desviar o montante de R$ 2,15 milhões dos cofres públicos.
Preso em Cuiabá
José Riva está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) há três meses, após ter sido algo de investigações do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) que deflagrou a Operação Célula Mãe.
O ex-parlamentar está preso desde o dia 13 de outubro. Ele é acusado de desviar R$ 1,7 milhão dos cofres da Assembleia, por meio da verba de suprimentos – que teriam bancado jantares, festas regradas com bebidas alcóolicas e até massagistas.