Política

Emanuel toma Maracujina para ‘cutucar’ Taques e aguentar Chiletto

O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) rebateu, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (27) as indiretas do secretário de cidades Eduardo Chiletto em relação ao reinicio das obras do Veículo Leve Sobre trilhos (VLT). O parlamentar ironizou de forma irreverente – com um vidro de Maracujina – as declarações do governador Pedro Taques (PSDB) sobre a pressa em retomar as obras do modal e acusou o governo de 'encarecer' a obra em quase R$ 200 milhões.

Emanuel que integra a Frente Parlamentar em Prol da Retomada e Conclusão das Obras do Veículo Leve sobre Trilhos disse que os dados da empresa KPMG Consultoria Ltda contradizem o próprio governo.  O deputado explicou que, conforme relatório, o valor total para a conclusão das obras do VLT chegaria a R$ 1.668.874.667,59, em valores atuais, ou seja, R$ 191.257.390,44 a mais do que o custo total estipulado no contrato celebrado com o consórcio, que estabelecia o valor de R$ 1.477.617.277,15. “Houve, na verdade, um encarecimento em quase R$ 200 milhões sobre o valor contratado”, ressaltou.

Pinheiro esclareceu que os membros da frente parlamentar ainda não receberam cópia do relatório por parte Executivo estadual e, por isso, não seria possível realizar uma análise tecnicamente mais profunda neste momento. Porém, o parlamentar contestou a informação divulgada de que o governo do estado teria economizado mais de R$ 500 milhões em relação ao valor exigido pelo consórcio responsável pelas obras.

Pinheiro disse que o secretário de Cidades  está agindo como se tivesse uma birra com a gestão passada e usa do que chamou de ‘show pirotécnico’ para suas tomadas de decisões. “Me parece que o governador Pedro Taques abraçou a obra do VLT e quer retomar, não como o hilário Chiletto, que calado é um poeta. Ontem (26), pelo que eu vi na imprensa, foi hilária, para não dizer tragicômica, a apresentação do secretário Eduardo Chiletto. Patética. Tentando dar um golpe publicitário, fazer marketing político para induzir ao erro e o governador Pedro Taques que, tenho certeza, não compactuará disso”, declarou Pinheiro.

Segundo o parlamentar, independentemente do valor a ser pago, a maior preocupação dos integrantes da frente parlamentar é com as pessoas que dependem do transporte coletivo da região metropolitana de Cuiabá. “Defendemos a retomada e a conclusão do VLT e de todas as obras planejadas para a Copa do Mundo que impactem positivamente na sociedade”. No caso do VLT, ele defendeu ainda que a obra passe a ser responsabilidade direta do gabinete do governador e não da Secretaria de Estado de Cidades.

O legado da Copa

A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, era o principal legado da Copa do Mundo em Cuiabá. O sistema, escolhido pelo governo do Estado, previa a construção de 33 estações em duas linhas troncos: a maior ligaria o CPA ao Aeroporto. A outra linha sairia da avenida Fernando Correa da Costa com destino à praça Bispo Dom José, onde haveria integração entre as duas linhas troncos. São 22,2 quilômetros de trilhos.

A construção é uma responsabilidade do consórcio VLT Cuiabá, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda, que venceram a licitação para a instalação do modal com a proposta de R$ 1,477 bilhão. 

A obra teve início em agosto/2012 com as escavações para a construção da trincheira do Zero Quilômetro em Várzea Grande. A avenida da FEB teve um lado da via interditado e isolado para as obras. Contudo forma paralisadas completamente em outubro de 2014, no final do mandato do governador Silval Barbosa (PMDB).

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Ulisses Lalio

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