Inflador de airbag da takata (no detalhe) já causou recall de milhões de carros no mundo inteiro (Foto: REUTERS/Joe Skipper)
O Estados Unidos bateram o recorde de veículos chamados para recall em 2015, pelo segundo ano seguido. Foram convocadas 868 campanhas que envolveram 51,2 milhões de unidades–o país é o segundo maior mercado de veículos no mundo. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (21) pelo departamento de transportes (NHTSA), no Salão de Washington.
Para comparação, o Brasil, que também teve recorde de recalls no ano passado, contabilizou 114 campanhas e 2,8 milhões de veículos chamados, segundo dados divulgados na última terça-feira (19) pelo Ministério da Justiça.
O montante recorde de 2015 nos EUA é um pouco maior que o de 2014, quando houve 779 campanhas, com 51 milhões de veículos afetados.
Um dos casos que geraram grandes recalls nos EUA –assim como no Brasil– foi o do airbag da fabricante japonesa Takata, fornecedora de diversas montadoras como Toyota, Honda e Nissan, entre outras.
Um defeito encontrado no dispositivo pode fazer com que, ao ser aberto, ele lance pedaços de metal sobre os ocupantes, com risco de lesões e até de morte. Há casos fatais nos EUA ligados a essa falha: ela foi divulgada, pela primeira vez, em 2013.
O defeito gerou o maior recall da história em todo o mundo, envolvendo milhões de veículos – só nos EUA são 19 milhões, em 44 campanhas. No Brasil, apenas em 2015, recalls relacionados aos chamados "airbags mortais" envolveram mais de 1 milhão de carros.
Acordo com montadoras
Na semana passada, o NHTSA anunciou um acordo com 18 montadoras para aumentar a colaboração pelo desenvolvimento de medidas de "segurança pró-ativa", entre elas melhorias para reportar problemas o quanto antes, aumentar o índice de veículos atendidos em recalls e abranger riscos cibernéticos.
O órgão se disse preocupado porque dados preliminares apontam que o número de mortes nas estradas nos EUA cresceu em 2015 depois de estar no menor nível da história em 2014, quando foram registradas 32.675 mortes.
Fonte: G1