Pessoas passam por outdoor com alerta sobre o ebola na cidade de Freetown, em Serra Leoa, na sexta (15) (Foto: AP Photo/Aurelie Marrier d'Unienville)
Um grupo de 108 pessoas foi coloco em quarentena em Serra Leoa após terem entrado em contato com uma mulher que morreu infectada por ebola na semana passada.
O caso isolado foi identificado um dia após a OMS (Organização Mundial da Saúde), ter anunciado o fim da epidemia no oeste da África. A Libéria havia registrado os últimos casos antes de a ressurgência do vírus ocorrer em Serra Leoa.
A paciente morta pelo vírus em 12 de janeiro foi Mariatu Jalloh, uma estudante de 22 anos. Sua morte deixou sanitaristas preocupados porque autoridades locais falharam em cumprir protocolos básicos.
Um relatório afirma que ela permaneceu na casa em que morava ao lado de outras 22 pessoas enquanto estava doente. Além disso, o corpo da jovem teria sido lavado por cinco pessoas, um costume local que vinha contribuindo para a transmissão do vírus.
O Ministério da Saúde de Serra Leoa afirmou que 28 das pessoas em quarentena são considerados casos de alto risco, por terem entrado em contato direto com a Jalloh.
"Uma investigação de casos ativos continua em quatro distritos para onde se sabe que a jovem viajou", afirmou comunicado.
A fonte da transmissão permanece desconhecida, mas já se sabe que a vítima havia viajado para a fronteira entre Serra Leoa e Guiné, um dos últimos focos de ebola antes de o país ter erradicado a doença em 7 de novembro.
Revolta popular
A ressurgência do ebola causou revolta em parte dos moradores do país. Casas de alguns dos pacientes de alto risco foram atacadas no fim de semana em Magburaka, cidade a 200 km da capital Freetown, onde Jalloh morreu. Uma delas foi incendiada, dizem lideranças locais, e barreiras criadas para isolar algumas casas foram desmontadas.
O protesto ocorreu após manifestantes terem acusado o departamento de saúde de negligência de negligência no hospital que examinou Jalloh, falhou em diagnosticá-la e a dispensou.
Fonte: G1