Foto Midia News
O ex-secretário de Fazenda do governo Silval Barbosa, Eder Moraes, prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (15), na Delegacia Fazendária (Defaz), no Centro Político Administrativo (CPA). Eder está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde o dia 05 de dezembro por infringir regras do uso da tornozeleira eletrônica, decorrente da 10º fase da Operação Ararath.
O interrogatório durou aproximadamente 40 minutos, e o ex-secretário prestou esclarecimentos acerca de precatórios de R$ 1,3 milhão destinado à empreiteira Engevix que prestava serviço à Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) em 2010. De acordo com os advogados de defesa, Ricardo Spinelli e Fabian Feguri, o ex-secretário não comandava mais a Secretaria de Fazenda (Sefaz) quando o pagamento ocorrer.
A defesa alegou ainda que Eder foi ouvido apenas como testemunha do processo. "O pagamento foi regular. O que eles estão questionando é para quem foi pago, quem recebeu este dinheiro. Tanto é que não tem uma pessoa em si na investigação. O investigado ainda está sendo apurado. Eder foi questionado se houve alguma interferência de deputados estaduais ou políticos no pagamento deste valor a uma pessoa que não tinha poderes legais para representar a Engevix", declarou um dos advogados.
Operação Ararath
As investigações do esquema que investiga crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro tiveram início em 2011 e a primeira fase da operação foi deflagrada em novembro de 2013.
Eder Moraes foi preso na 7ª fase da Operação Ararath em agosto de 2015, e estava em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica. Contudo, na 10ª fase da operação, deflagrada no dia 05 de dezembro, a Polícia Federal cumpriu a prisão preventiva de Éder, por ele, em 60 dias, violar 92 vezes os termos de uso da tornozeleira.