Internacional

OMS confirma nova morte por ebola em Serra Leoa

Médicos vestem macacões de proteçao em área de confinamento de pacientes de ebola em Serra Leoa (Foto: Carl de Souza/AFP)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta sexta-feira (15) uma nova morte por Ebola em Serra Leoa, um dia depois de declarar o fim da epidemia.

"Podemos confirmar um caso de Ebola em Serra Leoa", disse a OMS em um comunicado, depois de analisar o caso de uma mulher de 22 anos que ficou doente em uma localidade próxima à fronteira com a Guiné e que morreu há três dias.

Mais cedo, o governo da Guiné havia informado sobre o caso suspeito.

Um alto funcionário do Ministério da Saúde local confirmou a informação e afirmou que esperava os resultados de novas análises, após um resultado positivo para ebola entregue nesta quinta-feira (14).

A agência de notícias Reuters noticia que a vítima teve contato com pelo menos 27 outras pessoas antes de ser diagnosticada. Ela morava em um abrigo ao lado de 22 outras pessoas, afirma o serviço regional de saúde.

Ela tinha procurado um hospital quando começou a se sentir mal no começo do ano, mas foi medicada e dispensada.

Histórico da epidemia
A epidemia foi declarada em dezembro de 2013, no sul da Guiné, e depois se propagou rapidamente para a Libéria e Serra Leoa, os três países mais afetados. Depois também atingiu em menor escala a Nigéria e o Mali.

Em dois anos afetou 10 países, incluindo Espanha e Estados Unidos, e, oficialmente, provocou a morte de 11.315 dos 28.637 contagiados. Este balanço de vítimas é superior ao de todas as epidemias de ebola acumuladas desde a identificação do vírus no centro da África em 1976.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu na quarta-feira que se preveem novos focos da doença "nos próximos anos", embora seu alcance e a frequência "deva diminuir com o tempo".

Nos piores momentos da epidemia, os países mais afetados temeram o colapso.

"Alguns dias recolhíamos mais de 40 ou 50 corpos", lembra na Libéria Naomi Tegbeh, sobrevivente que se encarregava dos cadáveres mais contagiosos.

O centro anti-ebola da ONG Médicos Sem Fronteiras em Monróvia teve que duplicar sua capacidade de acolhida, mas no ápice da epidemia se viu obrigado a recusar pacientes por falta de lugar.

Fonte: G1

Redação

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