Filho afirma que pais estavam casados há 37 anos e se amavam (Foto: G1)
O filho do homem que decapitou a mulher em Itanhaém, no litoral de São Paulo, falou ao G1 sobre a morte da mãe e sobre a conversa que teve com o pai após o crime. Jair Dei Agnoli, de 61 anos, matou a esposa, Maria das Dores Ferreira de Agnoli, de 62 anos, na noite do réveillon.
De acordo com a polícia, o suspeito era casado com a mulher há mais de 30 anos e, após uma discussão no dia 31, por volta das 23h, ele empurrou a vítima, que bateu a cabeça no chão. Por conta do ferimento no crânio, Maria das Dores acabou morrendo.
Desesperado com a situação, o idoso decidiu decapitar a mulher e cortar as pontas dos dedos dela para dificultar a identificação por parte da polícia. Após o crime, homem foi à delegacia relatar o desaparecimento da mulher e acabou caindo em contradição. Ao ser confrontado, confessou o assassinato.
A Polícia Civil ainda não dá o caso como concluído e ouvirá novas testemunhas. Jair será indiciado por ocultação de cadáver e homicídio qualificado.
Um dia após o crime, Fernando Ferreira de Agnoli conversou com o pai, que afirmou que Maria das Dores havia fugido de casa. "Ele me disse que a minha mãe havia fugido de casa após um surto. Meu pai explicou que deixou ela na rodoviária e só, não deu muitos detalhes também. Eu nunca imaginei uma coisas dessas", explica.
Fernando só ficou sabendo do crime e da morte da mãe nesta segunda-feira (4), ao chegar à delegacia. "Não tenho muito a dizer. Eles se amavam e completaram 37 anos de casado em dezembro. Ele era um bom marido, inclusive deu o carro [utilizado no crime pelo acusado] como um presente para ela. Meu pai fazia tudo por ela. Eles se amavam", desabafa.
Homem confessou que decapitou e arrancou dedos da própria mulher em Itanhaém, SP (Foto: G1)
Fonte: G1