(Foto; reprodução/gettyimagens)
A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão de três integrantes da quadrilha que fraudava documentos para transformar sírios em cidadãos brasileiros. A denúncia sobre a atuação do grupo foi exibida com exclusividade pelo Jornal Nacional, há duas semanas.
Conforme informou o RJTV, a polícia não conseguiu encontrar o sírio Ali Kamel Ismael. Ele era o articulador da falsificação de certidões de nascimento brasileiros pra cidadãos sírios. O funcionário do cartório de registros da Zona Oeste do Rio, Jorge Luiz da Silva Mota e o ex-funcionário David dos Santos Guido, que facilitavam a fraude, também não foram encontrados. Eles já são considerados foragidos.
Os 63 sírios que conseguiram a documentação brasileira vão responder em liberdade por falsidade ideológica.
Conforme mostrou a reportagem do Jornal Nacional, a quadrilha fornecia certidão de nascimento, identidade, título de eleitor e passaporte brasileiros aos refugiados sírios.
A investigação mostrou que a fraude acontecia nos livros de registros de nascimento, nas certidões de nascimento. Uma perícia revelou que foi um trabalho grosseiro. Os livros têm folhas soltas, rasuradas, adulteradas e até coladas.
Mesmo folhas que já tinham sido canceladas no passado foram usadas para criar uma certidão com as informações dos sírios. Os documentos registram que eles nasceram no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1970.
Mas os investigadores afirmam que as fraudes aconteceram entre 2012 e 2014. Eles dizem que Jorge Luiz da Silva, o funcionário do cartório, arrancava as folhas dos livros e levava para David dos Santos Guido.
Guido é um ex-funcionário, que segundo a polícia foi demitido do cartório depois de outra investigação de fraude. Ele fazia o registro dos sírios como brasileiros em casa. Depois, Jorge recolocava as folhas no lugar.
Fonte: G1