O primeiro boletim que detalhou os caso de microcefalia, em Cuiabá, foi divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) na última sexta-feira (18). Em gestação (intraútero) foram notificados 2 casos, na capital. Representantes da vigilância epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, diretorias de Atenção Primária e Secundária, Vigilância em Saúde de Cuiabá e a Assessoria de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde participaram de uma reunião da Sala de Situação da Microcefalia.
O primeiro boletim traçou um panorama da doença no Brasil e em Cuiabá onde até dia 15 de dezembro, já haviam sido registrados quatro casos de microcefalia, sendo um deles de residente em outro município (Pedra Preta), segundo registro no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). Todos os casos notificados estão em investigação conforme o protocolo do Ministério da Saúde.
A médica veterinária e responsável técnica pelo CIEVS, Moema Couto Silva Blatt explicou que o boletim de Sala de Situação – Microcefalia tem por objetivo documentar e divulgar informações atualizadas sobre a situação epidemiológica da microcefalia em Cuiabá e no Brasil. “Nosso foco é a investigação para que possamos responder por meio de ações, à alteração do padrão de ocorrência deste agravo doença no país, orientando os profissionais no atendimento aos pacientes”.
No Brasil segundo informação do Ministério da Saúde, até 12 de dezembro, foram notificados à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), 2.401 casos suspeitos de microcefalia. Esses casos foram identificados em 549 municípios, de vinte estados. Um óbito foi confirmado e outros dois foram descartados. Permanecem em investigação 26 mortes.
Informações
Junto com o Boletim Epidemiológico da Microcefalia, o CIEVS e a Sala de Situação irão coordenar a divulgação de informações e orientações aos profissionais da saúde, a população em geral e às mães.
Nesta edição do informativo um dos temas abordados é o protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde de vigilância e resposta aos casos de microcefalia, relacionados à infecção pelo Zika.
O principal objetivo do Protocolo é orientar as ações para a atenção as mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas, submetidas ao vírus Zika e aos nascidos com microcefalia e recomenda ainda, as diretrizes para o planejamento reprodutivo, a detecção e notificação de quadros sugestivos de microcefalia e a reabilitação das crianças acometidas pela malformação congênita.