A Claro deu início aos testes para ampliar a velocidade e a abrangência da internet móvel. A tecnologia denominada 4,5G, segunda a operadora, é em média 45% mais rápida do que a 4G. O projeto piloto foi desenvolvido em Rio Verde (GO), mas só deve chegar ao consumidor final em 2016.
Enquanto a rede 4G possibilita uma conexão de até 100Mbps, a 4,5G pode chegar a 300 Mbps. O UOL mediu a velocidade da nova tecnologia com o app SimetMobile, que chegou a alcançar 166 Mbps para download. "Temos que considerar que a rede está fora de uso, por isso os altos índices alcançados. Mas, diante da demanda o número será um pouco menor", ponderou André Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro.
Já a capacidade de download em um smartphone conectado à rede 4G da Vivo, por exemplo, chegou a 45 Mbps. Média superior à alcançada em uma rede 4G da TIM, que foi de cerca de 10 Mbps.
Agregação de frequências
O upgrade alcançado pela Claro foi viabilizado a partir da agregação de três frequências: 2.600, 1.800 e 700 MHz, esta última ainda ocupada pelo sinal analógico, apesar de já ter sido leiloada para as operadoras em 2014. "O uso da frequência de 700MHz é um passo importante para o aprimoramento do 4G e para evolução do 5G", afirma Carlos Zenteno, CEO da Claro.
Segundo Zenteno, além do aumento da velocidade, o uso da frequência possibilita ampliar a capacidade do alcance da rede e melhora o sinal indoor –cobertura em locais fechados.
Vale lembrar que a frequência de 700 MHz só deverá ser totalmente liberada a partir do desligamento do sinal de televisão analógico, que está previsto para 31 de dezembro de 2018. O cronograma da digitalização da TV, no entanto, já começou com atrasos.
Ainda assim, a Claro afirma que pretende colocar a rede 4,5 G a disposição do consumidor a partir de 2016. "A princípio apenas com o uso das frequências 1.800 Mhz e 2.600 MHz. Mas a medida que a 700 MHz for sendo liberada vamos expandindo-a. Tecnologia já temos", disse Zenteno.
O consumidor deverá, no entanto, obter um smartphone compatível a agregação das três frequências, algo que ainda não existe no mercado brasileiro.
Alcance do 4G
Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em setembro de 2015, cerca de 10% dos acessos de banda larga móvel feitos no Brasil usam a rede 4G.
Fonte: UOL