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Funcionária pública é filmada agredindo muçulmanos nos EUA

Denise Slader foi filmada ao agredir Rasheed Albeshari e seus amigos em parque em Castro Valley, na Califórnia (Foto: Reprodução/Facebook/Rasheed Albeshari)

Uma funcionária pública da Califórnia foi filmada agredindo verbalmente e tentando bater em muçulmanos que rezavam em um parque público no último domingo (6). Um deles, Rasheed Albeshari, filmou parte do incidente com seu celular e postou as imagens em seu perfil no Facebook.

Albeshari, de 31 anos, contou que estava no Lake Chabot, em Castro Valley, com dois amigos, com quem têm o hábito de se reunir aos domingos para jogar vôlei e rezar. Durante a oração, foram abordados por Denise Slader, que se dirigiu a eles de forma agressiva e ofendendo sua religião, segundo Albeshari.

Ele então começou a filmar os ataques de Slader, uma funcionária do Departamento de Correções e Reabilitação. No vídeo, é possível ouvir quando ela diz: “as pessoas que vocês torturaram estarão na eternidade e no paraíso. Vocês foram enganados por Satã. Sua mente foi dominada, vocês sofreram lavagem cerebral e não têm nada além de ódio”.

Em seguida, ela é interrompida por uma guarda do parque, que reclama de seu comportamento inapropriado. Slader responde que Albeshari e seus amigos é que estão errados e, irritada por continuar sendo filmada, dá um tapa no jovem.

Segundo o relato de Albeshari, ela também bateu nele com um guarda-chuva e atirou café em seu rosto.

Um porta-voz do Departamento de Correções e Reabilitação, Luis Patino, disse que os atos da funcionária estão sendo analisados. “Esperamos que todos os nossos funcionários tratem todas as pessoas com dignidade e respeito, durante e fora de seu serviço”, disse, em um comunicado.
Patino disse ainda que não tem autorização para comentar detalhes da investigação, mas que “discriminações de qualquer tipo não serão toleradas”.

De acordo com o jornal “L.A. Times”, Slader não foi presa, mas encaminhada ao gabinete do promotor do condado de Alameda. A polícia recomendou à promotoria que seja aberto um processo de delito por agressão contra ela, mas o promotor pode decidir apresentar também uma queixa por crime de ódio.

Ainda segundo o jornal, Albeshari, que nasceu no estado do Tennessee, mas foi criado no Iêmen, afirmou nunca ter sofrido nenhum tipo de preconceito antes. Para ele, discursos como os do pré-candidato republicano Donald Trump podem estar influenciando as pessoas a se tornarem mais agressivas contra os muçulmanos.

No entanto, o jovem diz ter recebido muitos comentários de apoio depois de publicar o vídeo, incluindo o de seguidores de outras religiões. “Acho que é isso que faz desta uma nação grande – tolerância e aceitação”, disse.

Fonte: G1

Redação

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