Cidades

Empresário cria ‘delivery’ para entrega de objetos em presídios

Caixas com produtos de higiene pessoal e alimentos são enviadas aos detentos (Foto: Divulgação/Jumbo CDP)

 

A prisão do filho de uma amiga apresentou ao empresário Sebastião Pereira Junior um mercado até então desconhecido. A ajuda virou negócio e ele criou, há cerca de dois anos, o “jumbo delivery”, um serviço de entrega de itens permitido nas penitenciárias de São Paulo, como doces, leite em pó, desodorante e pasta de dente.

“O filho de uma amiga foi preso por tráfico de drogas e ela ficou desesperada. Me pediu ajuda e mostrou a lista do que era permitido mandar para o preso. Resolvi ajudá-la com as roupas, porque na época eu tinha uma confecção”, contou o empresário.

A partir dai, outras famílias procuraram o serviço. Ele criou no site “jumbo delivery” uma lista de itens permitidos e as famílias podem escolher o que comprar para montar uma caixa. O nome "jumbo" é o apelido que os presos dão ao pacote com os produtos enviados pelas famílias. 

O estado fornece produtos de higiene pessoal, alimentação e vestuário para os presos, mas as famílias podem levar aos presídios o que eles gostam de usar ou comer. Por isso, as unidades prisionais permitem alguns itens, que são vistoriados antes de chegar aos detentos.

“Cada unidade prisional tem uma série de exigências, que vão desde antisséptico bucal sem álcool a desodorante de determinado tipo. E, como a gente já sabe o que pode em cada uma,  fica mais fácil para a família comprar”, explicou Junior.

O processo é rígido porque o agente penitenciário precisa saber quem mandou o “jumbo”. É exigido que seja um parente de primeiro grau já cadastrado na unidade prisional. Hoje são 146 unidades catalogadas no site e a empresa chega a fazer cerca de 500 entregas por mês.

Junior garante que as vendas continuaram mesmo com a crise econômica. “Percebo que as pessoas diminuíram a quantidade de produtos, são 'jumbos' mais enxutos. Por outro lado, eu ganho na quantidade de caixas enviadas, mesmo sendo menores, as famílias não deixaram de mandar os kits”, explicou.

O material segue pelos Correios até as unidades prisionais. O prazo é de até três dias após a confirmação do pagamento. Os pedidos podem ser feitos por telefone ou via site.

Sobre a segurança do serviço, ele destaca que nenhum funcionário da empresa sabe quem é o destinatário da caixa que está montando. Isso impossibilita o envio de drogas ou materiais cortantes escondidos nas embalagens, por exemplo.

A Secretaria da Administração Penitenciária informou ao G1 que todos os materiais que entram nas unidades prisionais são devidamente revistados e que não cabe à SAP fazer qualquer fiscalização de empresas que eventualmente comercializem roupas e demais produtos.

Fonte: G1

Redação

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