Cidade Universitária da USP, na Zona Oeste de São Paulo (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
A Universidade de São Paulo (USP) subiu da 10ª para a 9ª posição no ranking internacional de instituições de ensino superior em países emergentes, de acordo com ranking da Times Higher Education, divulgado nesta quarta-feira (2). Em 2013, ela era a 11ª melhor instituição na lista. Ao todo, o ranking tem 200 universidades de 48 países, incluindo os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China).
Além da USP, também aparecem na classificação, como representantes do Brasil, a Unicamp (24º), a PUC-Rio (43º), a UFRJ (89º), a Universidade Federal de Viçosa (102º), a UFMG (118 º), a Unesp (122 º), a PUC-RS (125 º), a UFRGS (130 º), a UFSC (148 º), a Ufscar (167º), a PUC-PR (168 º), a Universidade Federal de Lavras (185 º) e a UERJ (197º).
Phil Baty, editor do ranking da Times Higher Education, analisa o desempenho do país na educação. "É uma ótima notícia que 14 instituições do Brasil se encaixem na lista de melhores universidades nos Brics e nas economias emergentes", afirma.
E ressalta o que necessita ser feito. "O país ainda precisa trabalhar duro para competir com outros mercados em desenvolvimento, como China e Rússia, que possuem mais instituições de destaque e uma proporção mais elevada de universidades na parte superior da tabela." Para Baty, ainda faltam incentivos à pesquisa no ensino superior brasileiro – só assim o país poderá competir com outras nações dos Brics.
Na América Latina, o Chile se destacou com 6 universidades no ranking – no ano passado, foram duas. Sem considerar o Brasil, a universidade do continente que ocupou posição mais alta foi o México, com a Universidade Nacional Autônoma do México.
No restante do mundo, houve novidades também na Malásia, que emplacou 4 instituições de ensino na lista (em 2014, apenas uma), e em Bangladesh e Indonésia, que apareceram pela primeira vez no ranking de educação.
Líder
O país que mais se destacou no ranking foi a China, ocupando o primeiro e o segundo lugar com a Peking University e a Tsinghua University, respectivamente. O país também domina metade do top 10 e 39 posições na lista completa. De acordo com o comunicado divulgado pelos organizadores, o sucesso chinês é fruto de investimentos e vontade política.
Para avaliar as universidades, os critérios de avaliação consideraram a pesquisa e a inovação universitárias, o corpo docente e discente, o número de professores com doutorado, as citações importantes feitas a pesquisas da instituição de ensino, a participação internacional dos alunos e a produção acadêmica deles. Os organizadores reforçam que os cursos de artes e humanidades têm a mesma importância na avaliação que os de ciência.
Veja abaixo a classificação das 10 melhores universidades de 2015:
1º) Universidade de Pequim – China
2º) Universidade Tsinghua – China
3º) Universidade Estatal de Moscou – Rússia
4º) Universidade da Cidade do Cabo – África do Sul
5º) Universidade Nacional Taiwan – Taiwan
6º) Universidade de Witwatersrand – África do Sul
7º) Universidade de Ciência e Tecnologia da China – China
8º) Universidade de Zhejiang – China
9º) Universidade de São Paulo – Brasil
10º) Universidade Shanghai Jiao Tong – China
Fonte: Times Higher Education
Fonte: G1