A Comissão Parlamentar de Inquérito, que investigará os supostos pagamentos ilícitos das cartas de crédito aos membros do Ministério Público, já tem sua formação definida. Numa reunião entre os deputados na terça-feira (24) na Assembleia Legislativa, os nomes foram confirmados. O deputado Zé Domingos Fraga (PSD), foi confirmado para a presidência da CPI e o deputado Leonardo Oliveira (PDT) será o relator.
Na reunião, ainda ficou definido que a CPI do MPE terá como membros os deputados Wilson Santos (PSDB), Oscar Bezerra (PSB) e Zé do Pátio (Solidariedade). A decisão deve ser oficializada em plenário nesta quarta (25). No entanto, os trabalhos só devem ser iniciados no ano que vem.
Segundo denúncias R$ 10 milhões em cartas de crédito teriam sido pagas irregularmente para promotores e procuradores do Ministério Público Estadual (MPE). Importante ressaltar que a ideia da criação da CPI surgiu após declarações do ex-secretário de fazenda, Éder Moraes, durante audiência da CPI das obras da Copa.
A criação da CPI foi aprovada no dia 17 de novembro com assinatura de 23 dos 24 deputados. De acordo com relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), há 45 cartas de crédito sob suspeita, destas 29 foram assinadas por Paulo Prado chegando ao valor de R$ 6,7 milhões. Existem também outros 16 documentos que foram emitidos na gestão de Marcelo Ferra, totalizando R$ 3,6 milhões. As cartas do MPE começaram a ser alvo de investigações após uma lista uma lista de beneficiários ser apreendida na Operação Ararath, em 2014.
A Associação Mato-grossense do Ministério Público por sua vez, afirmou em nota as licitudes nas cartas de crédito. A associação disse ainda que “não aceitará o desvirtuamento de seu objeto ou de seus limites, rechaçando e repudiando, desde já, qualquer tentativa de macular, mediante a exposição política indevida, a Instituição ou qualquer de seus membros” destaca trecho da nota.