Por muito tempo acreditou-se que o tecido adiposo ( tecido gorduroso) era apenas um local de armazenamento para o excesso calórico consumido. Após anos de pesquisas é reconhecido como um tecido metabolicamente dinâmico que apresenta função endócrina, sendo capaz de sintetizar compostos que regulam nosso metabolismo, ou seja, o aumento ou a diminuição dele. Disfunções nesse tecido podem contribuir para a obesidade . A obesidade apresenta caráter inflamatório, uma vez que os adipócitos ( células de gordura) secretam inúmeras citocinas e proteínas que geram inflamação em diversos tecidos.
Este estado inflamatório participa do ciclo vicioso entre obesidade e suas doenças associadas como diabetes, hipertensão, etc. A alimentação anti-inflamatória é proposta para melhorar a obesidade. Para isso, sugere-se a redução no consumo de produtos industrializados, álcool, gorduras saturadas (carnes gordas e embutidos) e sal, e aumentar a ingestão de fibras ( cereais integrais – pão integral – arroz integral que são carboidratos com baixo índice glicêmico, gorduras insaturadas ( azeite- abacate – castanhas), vitaminas, minerais e fitoquímicos antioxidantes e anti-inflamatórios presentes naturalmente em diversas frutas, verduras e legumes.
Para demonstrar esse efeito, um grupo de pesquisadores chineses conduziu um estudo com 30 mulheres, as quais receberam 280 ml de suco de tomate por dia (correspondente a 32,5 mg de licopeno) por 2 meses. Como resultado, observou-se a redução da inflamação e redução no peso corporal, circunferência da cintura, e níveis de colesterol de forma significativa.
Assim, consumir tomate é uma estratégia para o tratamento da obesidade, e deve ser utilizado como uma complementação para as outras condutas nutricionais, visto que os resultados promissores serão alcançados com mudanças nos hábitos alimentares e estilo de vida ativo.