A forma como gerenciamos as nossas emoções é aprendida na primeira infância. A criança fica o tempo todo olhando para quem cuida dela, principalmente quem está representando pai e mãe, acontece algo ruim ela imediatamente espera a reação do papai e da mamãe, se eles caem, ela cai também. Antes de ler o livro do Daniel Goleman, Inteligência Emocional eu sofria muito, as reações das pessoas SEMPRE me afetavam, se ia ao supermercado e o caixa estava séria eu já fechava a cara também; se alguém me fechava no trânsito eu ficava com raiva umas duas horas, e xingava é claro, sempre reagindo. Logo que me formei como coach este foi o primeiro assunto que estudei, é incrível o quanto as emoções judiam de nós o tempo todo. Você sabia que cada emoção gera uma “química” no seu sistema? São os chamados neuropeptídios, a raiva, tristeza, culpa, alegrias, todas têm uma química específica. O primeiro passo para mudar esta química é o ato de criar boas intenções, sempre que você expressa uma intenção, está sutilmente formando ou reforçando um hábito mental.
Se você externa muito a mesma intenção, ela acaba por se tornar um hábito que continuará surgindo em sua mente em várias situações, a fim de guiar seu comportamento. Se várias vezes por dia, por exemplo, você cria a intenção de cuidar de seu bem¬-estar, depois de algum tempo, em qualquer situação em que se encontre ou decisão que tome, você talvez se perceba (quem sabe inconscientemente) agindo ou tomando decisões que lhe gerem tranquilidade e, por isso mesmo, seu
bem-¬estar talvez aumente.
O segundo passo é a auto-observação, por isso a meditação ajuda tanto, sentar-se por 5 minutos e perceber quais emoções estão presentes, uma técnica simples para o autocontrole oriunda das pesquisas de Matthew Lieberman na UCLA, chamada “afeto classificado”, que significa apenas rotular os sentimentos com palavras. Quando você rotula a emoção que está vivendo, isso de alguma maneira o ajuda a lidar com a emoção. O terceiro passo é perceber quando está bem. Essa consciência lhe permite ser capaz de aumentar esses momentos e perceber o quanto é bom “sentir-se bem”. É um desafio porque a rotina nos consome, mas como já mencionei acima, estabeleça esta intenção no início do dia: vou me perceber, e inconscientemente seu cérebro vai te obedecer e o processo inicia. Faça esta pergunta várias vezes ao longo do dia: como me sinto? Se estiver se sentindo bem, sorria e aprecie o momento, do contrário faça algo para transformar/amenizar essa emoção. Como disse Marco Aurélio há milhares de anos: “Olhe para dentro, lá está a fonte de todo bem.” Namastê