Foto: Ahmad Jarrah / Circuito MT
Na manhã desta sexta-feira (6) o Secretário da Casa Civil, Paulo Taques, disse que não negociará com grevistas do Departamento de Trânsito (Detran-MT), cortará o ponto e colocará estagiários em seus lugares, caso não retomem o trabalho. A declaração foi feita após mais um encontro entre o Governo e o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT). Os manifestantes cobram a contratação imediata de 70% dos aprovados no último concurso público.
O secretário da Casa Civil alegou que, em virtude da ilegalidade da greve declarada por uma liminar da justiça, o Governo vai cortar o ponto daqueles que estiverem ausentes de seus postos de trabalho. O Estado também vai buscar a cobrança da multa de R$ 100 mil por dia, fixada pela Justiça ao sindicato da categoria em caso de descumprimento da decisão. “Nós entregamos a presidente do Sinetran uma resposta a sua proposta. Nela mantivemos o cronograma de contratação até o ano de 2018. Nós não vamos negociar mais com a categoria, que já entra na segunda greve só na nossa gestão. Como negociaremos com uma greve ilegal? Os usuários não vão continuar prejudicados nós vamos direcionar servidores, tem funcionários especial e estagiário para fazer esses serviços caso decidam ficar parados”, disse Paulo Taques.
A presidente do Sinetran Daiane Renner saiu da reunião frustrada, pis segundo ela o governo não está aberto ao diálogo. “Não aconteceu nenhum avanço, vamos nos reunir com a categoria, e dizer que eles não analisaram a proposta. O governo só reforçou o que foi enviado antes. Não se manifestou sobre as estruturas físicas e nem sobre nosso plano de carreira”, explicou Renner.
A presidente informou que irá fazer uma assembleia geral, onde decidirá junto com a categoria os rumos da greve. Ao ser questionada sobre a ilegalidade da manifestação, Daiane explicou que a assessoria jurídica do Sinetran entrará com recurso. “Em relação a decisão provisória da justiça, eles só ouviram um lado e nós entraremos com o recurso para poder derrubar essa medida”, concluiu.
A greve iniciou no dia 26 de outubro, e já teve uma liminar da justiça decretando sua ilegalidade, pelo desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, do Tribunal de justiça de Mato Grosso no dia 29 de outubro.