Política

Riva vai à sede do Gaeco para falar de ‘verba de suprimentos’

Preso pela terceira vez este ano, o ex-deputado José Geraldo Riva foi encaminhado nesta manhã (19) a sede do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O ex-parlamentar irá prestar esclarecimentos ao Ministério Público Estadual (MPE) sobre o desvio de R$ 2,6 milhões da Assembleia Legislativa para pagamento de jantares, wiskes e até massagistas com dinheiro público. 

Riva chegou ao MPE sem algemas em uma viatura da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). O ex-deputado chegou tranquilo e até acenou para a imprensa que está no local.

O advogado Alexandre Nery, que atuava até fevereiro deste ano  como procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, também está no local para prestar depoimento. Ele chegou a ser citado pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, na decisão que determinou a prisão de Riva e de três servidores da Casa de Leis.

Valber Melo, advogado de Riva, disse ao sair da sede do Gaeco que ainda não teve contato com os questionamentos do Gaeco. "Nós estamos aqui desde cedo e até agora nada (12h).Vamos retornar as 14h para saber o que está acontecendo. No momento não podemos nem mesmo fazer uma análise para nossa estratégia, pois não tivemos contato algum com os promotores", disse Melo ao sair do MP.

Operação Célula Mãe

O ex-deputado José Geraldo Riva foi preso na última terça-feira (13) acusado de usar dinheiro publico para comprar uísque, pagar formaturas e até contratar massagistas. A prisão foi feita após a deflagração da segunda fase da Operação Metástase (Célula Mãe), do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga desvio de verbas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda decretou também a prisão preventiva de outros servidores da Assembleia Legislativa que eram ligados a presidência na gestão de Riva, são eles: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral da ALMT, Manoel Marques. 

De acordo com o Gaeco, esta nova fase é resultado de investigações complementares efetivadas acerca de crimes cometidos no gabinete do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, José Geraldo Riva quando da gestão de recursos públicos denominados “verba de suprimentos”. 

Atualizada às 12h20min.

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Redação

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