Foto: Ahmad Jarrah / Circuito MT
O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), defendeu que o deputado Eduardo Cunha (PMDB – RJ), não possui condições para continuar presidindo a Câmara Federal. A declaração do tucano foi dada em entrevista a um portal de notícias nacional. O posicionamento do gestor estadual segue alinhado com a cúpula nacional do PSDB, que no final de semana pediu o afastamento do deputado carioca.
“Em direito penal existe o princípio da presunção da inocência. Só ter considerado depois do processo. Mas em política não. Documentos como esses que vieram da Suíça revelam que ele deve ser afastado da Presidência da Câmara. Não falo pelo PSDB, mas eu entendo que não há a mínima condição dele presidir a Câmara dos Deputados e estar na linha sucessória da Presidência da República com esses documentos”, afirmou Taques a jornalista Paula Pacheco, do iG.
Questionado se o afastamento de Cunha seria bom ou ruim para o partido, que se filiou em agosto deste ano, Taques afirmou a sua avaliação não era levando em consideração a sigla em que está filiado.
“Não é bom ou ruim para o PSDB. Não falo pelo partido. Para mim é bom o que está escrito na Constituição, o que é bom para o Brasil, independentemente ou não do presidente da Câmara”, completou.
A entrevista completa pode ser lida aqui.
Corda no pescoço
O PSDB, assim como o DEM, PPS, Solidariedade e a Minoria na Câmara pediram na tarde do última sábado (10) o afastamento do presidente da Casa. Segundo a nota divulgada pelos partidos, a decisão se deve as denúncias que pesam contra o peemedebista noticiada na imprensa.
Documentos enviados pelo Ministério Público Suiço comprovaram que um negócio fechado pela Petrobras serviu para irrigar quatro contas no país europeu, que tem como beneficiários Cunha e sua mulher, Cláudia Cordeiro Cruz.