Os professores das instituições federais aprovaram na última sexta-feira (9) o fim da greve nacional. A paralisação começou em muitas instituições no dia 28 de março e foi a mais longa da história.
A decisão foi divulgada por meio de um comunicado do Comando Nacional de Greve da Andes (sindicato dos docentes). Os servidores pedem melhores condições de trabalho e são contra os cortes orçamentários na área da educação.
O fim da paralisação, porém, não marca o fim das negociações, já que ainda não houve acordo com os ministérios da Educação e do Planejamento. De acordo com o sindicato, as assembleias realizadas nas bases entre 6 a 8 de outubro rejeitaram a proposta do governo de reajuste de 10,8% parcelado em dois anos (5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017).
Ao longo desta semana, assembleias de servidores devem ser realizadas nas universidades paradas, e cada uma deve decidir o calendário de reposição das aulas.
Mudança de ministro
Assim que assumiu o ministério da Educação, na semana passada, Aloizio Mercadante, comentou a greve de professores e trabalhadores técnico-administrativos de instituições federais de ensino superior.
"Precisamos ter uma discussão transparente no Brasil", afirmou Mercadante. "Não é possível fazer uma greve, receber integralmente o salário e não cumprir com a responsabilidade. No setor privado, pode ter greve, mas o dia parado é descontado."
Fonte: UOL